A União Europeia (UE) libertou, esta quarta-feira, uma verba de 140 milhões de euros para ajudar as mulheres no Afeganistão nas necessidades básicas, depois de ter congelado, em dezembro de 2022, os auxílios, em reposta a políticas dos talibãs.
A decisão vem na sequência do acordo alcançado no Conselho dos Negócios Estrangeiros, em fevereiro de 2023, para ser enviada ajuda apenas em setores e áreas geográficas em que as mulheres estão autorizadas a trabalhar na prestação da assistência e a beneficiar da mesma.
As ajudas foram congeladas, em dezembro de 2022, na sequência da decisão talibã de proibir as mulheres de trabalharem em organizações não-governamentais (ONG) e a reversão da medida surge, segundo um comunicado, "após seis meses de controlo e avaliação do princípio 'para as mulheres pelas mulheres', que assegura que as raparigas e as mulheres afegãs participem em todos os aspetos da cadeia de prestação de ajuda".
Os 140 milhões de euros destinam-se a apoiar projetos nas áreas da educação, saúde e agricultura.
O apoio reforçará também a capacitação económica das mulheres através do desenvolvimento de competências, do acesso ao financiamento, das oportunidades de mercado, da resiliência económica e do apoio às pequenas empresas lideradas por mulheres.