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Joe Biden: de gafe em gafe na corrida à Casa Branca

O presidente dos EUA, Joe Biden Foto: Kent Nishimura / Getty Images via AFP

O presidente dos EUA, Joe Biden, fez manchetes depois de chamar a Volodymyr Zelensky "presidente Putin" e de se referir a Kamala Harris como "vice-presidente Trump" no encerramento da cimeira da NATO. As duas gafes juntam-se a um rol de outras que o chefe de Estado cometeu nos últimos anos.

Confundiu líderes mundiais com antecessores mortos

O presidente norte-americano confundiu duas vezes chefes de Estado com antecessores que já morreram. Em fevereiro deste ano, Biden confundiu o presidente francês Emmanuel Macron com François Mitterrand, que morreu em 1996, durante um discurso aos apoiantes em Las Vegas. 

Alguns dias depois, disse ter discutido o incidente da invasão ao Capitólio com o chanceler alemão Helmut Kohl, que faleceu em 2017, quando se queria referir a Angela Merkel.

Falou do México em vez do Egito

No mesmo mês, quando respondia a perguntas sobre as negociações para um acordo de reféns e ajuda humanitária na Faixa de Gaza, Biden confundiu o Egito com o México, mencionando o presidente mexicano quando se queria referir ao seu homólogo egípcio, Abdel Fattah el-Sisi.

“O presidente do México não queria abrir o portão para permitir a entrada de material humanitário”, disse o presidente norte-americano. "Eu falei com ele. Eu convenci-o a abrir o portão".

Esqueceu-se do nome do Hamas

Também nesse mesmo mês, Biden esqueceu-se do nome do grupo terrorista combatido por Israel em Gaza durante uma conferência de Imprensa na Casa Branca.

Confundiu as guerras na Ucrânia e no Iraque

Em junho do ano passado, Biden confundiu a guerra em curso na Ucrânia com a guerra do Iraque, que terminou em 2011, quando os jornalistas lhe perguntaram se acreditava que o presidente russo, Vladimir Putin, tinha sido enfraquecido pelo motim do Grupo Wagner naquele verão. O presidente respondeu, dizendo que Putin estava “claramente a perder a guerra no Iraque”.

A confusão voltou a ocorrer em junho deste ano. "A ideia de que nos tornamos semi-isolacionistas agora, da qual alguns estão a falar. Quero dizer, a ideia de que tivemos de esperar todos aqueles meses só para conseguir o dinheiro para o Iraque. Simplesmente não é quem somos, não é quem a América é”, disse Biden, que queria referir-se à Ucrânia.

"God save the Queen" um ano depois da morte de Isabel II

Em 2023, num discurso sobre o controlo de armas, na Cimeira Nacional de Comunidades Mais Seguras, em Connecticut, Biden proclamou "God save the Queen", que se refere ao hino nacional britânico.

A frase causou confusão sobre se o presidente se estava a referir a Isabel II, que tinha morrido um ano antes, ou à mulher do rei Carlos III, a rainha Camilla, que acabara de ser coroada um mês antes, numa cerimónia em Londres na qual Biden não esteve presente.

Mais tarde, a Casa Branca tentou explicar a referência, dizendo que Biden estava a "comentar para alguém na multidão”.

Chamou Rishi Sunak de "senhor presidente"

Quando recebeu pela primeira vez Rishi Sunak como primeiro-ministro do Reino Unido na Casa Branca em junho de 2023, chamou-o de "senhor presidente”.

Enquanto sorriam e posavam para as fotografias, Biden disse “Bom, senhor presidente”, mas corrigiu-se rapidamente: “Acabei de o despromover, senhor primeiro-ministro”.

Confundiu a seleção de râguebi da Nova Zelândia com a unidade policial "Black and Tans"

Quando visitou a Irlanda, em abril de 2023, Biden confundiu, num pub, a seleção de râguebi da Nova Zelândia, conhecida como “All Blacks”, com os "Black and Tans", uma unidade policial da era da Guerra da Independência da Irlanda. 

“Estão a ver esta gravata que eu tenho? Foi dada por um desses homens aqui, que é um excelente jogador de râguebi que derrotou os Black and Tans", disse. 

Várias quedas, "congelado" numa festa e uma sesta no trabalho

Além das gafes verbais, o presidente norte-americano também é conhecido pelas suas quedas em público. Em julho do ano passado, Biden tropeçou nas escadas de um avião da Força Aérea.

Um mês antes, o presidente sofreu uma queda no palco da cerimónia de formatura da Academia da Força Aérea. 

Ainda este mês, Biden pareceu "congelar" brevemente enquanto assistia a um concerto na Casa Branca. O presidente ficou imóvel, enquanto o resto da multidão, incluindo a vice-presidente Kamala Harris, dançava ao som do cantor gospel Kirk Franklin. Após cerca de 30 segundos, Philonise Floyd, irmão de George Floyd, pareceu notar que algo estava errado e colocou o braço em volta de Biden.

Um momento que também se tornou viral foi quando Biden foi apanhado a dormir durante a COP26, em Glasgow, em novembro de 2021. 

Maria Campos