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Regiões de fronteira contra centralização de fundos europeus

Jorge Sobrado, vice-presidente da CCDR-N Foto: Leonel de Castro / Global Imagens

Os governos das regiões de fronteira condenaram, esta sexta-feira, na Alemanha, a possibilidade de centralização da gestão dos fundos europeus, ao mesmo tempo que defenderam a continuidade da atual política de Coesão.

A posição foi tomada na reunião do comité executivo da Associação Europeia das Regiões de Fronteira, em Gronau, na Alemanha.

Como Portugal não tem governos regionais, o Norte esteve representado na reunião pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N). Este organismo informou que deverá ser aprovada uma resolução formal, para enviar à Comissão Europeia, em que se condena a eventual centralização da gestão dos fundos europeus e onde se defende o reforço da cooperação regional.

No panorama europeu, a discussão está lançada. Em causa está o orçamento plurianual da União Europeia e os fundos de coesão para depois de 2027.

Será “travão à coesão”

O vice-presidente para a Cultura e Cooperação da CCDR-N, Jorge Sobrado, defendeu que “a alteração dos regulamentos no sentido de uma centralização dos fundos da União constituirá um travão à coesão dos territórios europeus e põe em causa o princípio da subsidiariedade que define a construção europeia”.

Para Jorge Sobrado, a coesão europeia “não é uma política do passado, ultrapassada pelo tempo, mas um legado vivo de solidariedade, crescimento e convergência entre as regiões europeias".

Delfim Machado