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Ventos de 240 km/h arrancaram telhados e árvores. Furacão Beryl atingiu o Caribe

Randy Brooks / AFP

Um poderoso e extremamente perigoso furacão Beryl atingiu hoje a ilha Carriacou, no sudeste do Caribe, após tornar-se na primeira tempestade de categoria 4 a formar-se no Atlântico, revelou o Centro Nacional de Furações dos EUA.

Ventos de até 240 quilómetros por hora, valor próximo das tempestades de grau 5, arrancaram telhados, árvores e causaram vários outros danos em Carriacou, uma das ilhas de Granada, e também noutras zonas do sudeste do Caribe.

"É uma situação extremamente perigosa e com risco de vida", assinalou o Centro Nacional de Furacões norte-americano.

Os alertas de furacão continuam em vigor para Granada e São Vicente e Granadinas, onde milhares de pessoas procuram refúgio em casas e abrigos. O último furacão forte a atingir o sudeste do Caribe foi o furacão Iván, há 20 anos, que matou dezenas de pessoas em Granada.

É esperado que a tempestade enfraqueça ligeiramente sobre o mar do Caribe, na rota que a deve levar até ao sul da Jamaica, e mais tarde à península de Yucatán, no México, já como categoria 1.

O Beryl passou de uma depressão tropical a grande furacão em apenas 42 horas, um registo alcançado em apenas seis outras ocasiões na história dos furacões no Atlântico. Também foi o primeiro furacão de categoria 4 já registado no Atlântico, superando o furacão Dennis, que se tornou numa tempestade de categoria 4 em 08 de julho de 2005.

É a segunda tempestade nomeada na época de furacões no Atlântico, que vai de 01 de junho a 30 de novembro, após a tempestade tropical Alberto ter atingido o nordeste do México no início de junho, causando a morte a quatro pessoas.

A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional prevê que a temporada de furacões de 2024 seja, provavelmente, acima da média, com 17 a 25 tempestades nomeadas. A previsão antevê até 13 furacões e quatro grandes furacões.

Uma temporada média de furacões no Atlântico produz 14 tempestades nomeadas, sete delas furacões e três grandes furacões.

JN/Agências