A Polícia Marítima abriu um inquérito para apurar as causas da queda ao mar de um pescador indonésio, esta quinta-feira de madrugada, a duas milhas da costa de Peniche, revela ao JN Artur Simas Silva, capitão do Porto de Peniche.
Simas Silva adianta que o alerta para o desaparecimento do pescador, de 25 anos, foi dado à Polícia Marítima, às 4.50 horas, pelo mestre do barco de pesca artesanal Senhora da Saúde, da Póvoa de Varzim.
Constituída por dez pessoas, sete das quais de nacionalidade indonésia, a tripulação será, assim, ouvida para ajudar a esclarecer as causas do acidente. Desde então, esteve envolvida nas buscas, até por volta do meio-dia.
O capitão do Porto de Peniche refere ainda que as operações de busca envolveram dois helicópteros da Força Aérea, um assim que amanheceu e o outro entre as 11 e as 12 horas, e, alternadamente, um salva-vidas e uma embarcação da Polícia Marítima.
Em simultâneo, o areal tem sido percorrido por elementos do projeto SeaWatch e da Polícia Marítima. “Até ao momento, as buscas foram infrutíferas, mas a visibilidade é boa, e vamos intensificar as operações, pelo menos, até ao por do sol”, assegura Simas Silva.
O pescador indonésio estaria a lançar a poita ao mar (pedra que serve de âncora) quando caiu. “O mar estava bom, com vagas com cerca de um metro, vento fraco e uma visibilidade razoável”, apurou o capitão do Porto de Peniche.
“Há uma versão não confirmada que houve outro indonésio que se atirou ao mar, para tentar resgatar o pescador que caiu”, afirma Simas Silva. Garante, no entanto, que foi cumprido o procedimento habitual nestes casos, que consiste em lançar ao mar uma boia de recolha.