Justiça

Funcionárias de lar ilegal em prisão preventiva por maus-tratos idosos

GNR deteve duas funcionárias de lar ilegal Leonel de Castro/Arquivo Global Imagens

A GNR, através do Núcleo de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE) de S. João da Madeira, deteve duas mulheres de 28 e 61 anos, pela prática do crime de maus-tratos a idosos, Palmaz, em Oliveira de Azeméis. Eram funcionárias de um lar ilegal, que foi encerrado. Ficaram em prisão preventiva

No âmbito de uma investigação por maus tratos a idosos, que decorria desde janeiro de 2023, apurou-se que as suspeitas "eram funcionárias numa Estrutura Residencial para Pessoas Idosas (ERPI) a funcionar em situação ilegal, e que exerciam sobre as vítimas, violência física, verbal, emocional e psicológica, de forma reiterada", refere, esta sexta-feira, a GNR.

Foram cumpridos 18 mandados de busca (três domiciliárias e 15 em veículos) e dois de detenção, que culminaram na prisão das duas mulheres e na constituição de cinco arguidos, três homens e duas mulheres, igualmente ligados à atividade de cuidador de pessoas idosas, com idades compreendidas entre os 28 e os 70 anos.

No âmbito das diligências foram retirados da estrutura residencial 14 idosos, com idades compreendidas entre os 72 e os 92 anos,  tendo sido realojados em diversas estruturas de acolhimento.

As detidas serão ouvidas, esta sexta-feira, no Tribunal Judicial de Santa Maria da Feira, para aplicação das medidas de coação.

A ação foi acompanhada por magistrados judiciais e do Ministério Público, tendo ainda contado com o apoio médico do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses e dos elementos do Instituto da Segurança Social.

Ouvidos, esta sexta-feira, em primeiro interrogatório judicial, as funcionárias ficaram em prisão preventiva. 

Reis Pinto