A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, revelou que leva a filha de seis anos sempre que pode nas suas viagens oficiais, segundo entrevista publicada esta quarta-feira.
Meloni, que se descreve como uma "mãe cristã", explicou à revista italiana de celebridades "Chi" que a presença da menina era bem-aceite pelos líderes internacionais com os quais se reunia. "O presidente Biden foi extremamente amável ao querer mostrar o interior da Casa Branca à minha filha, Ginevra, quando soube que tinha ido comigo" numa visita oficial em julho, explicou.
Meloni garantiu que inúmeros dirigentes, desde o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, ao indiano, Narendra Modi, passando por vários líderes europeus, foram gentis com a filha, fruto do relacionamento com o jornalista Andrea Giambruno.
"No fim das contas, todos temos os mesmos problemas. Pais e mães somos obrigados a passar muito tempo longe dos filhos e tentamos fazer o possível para compensar essa ausência", afirmou.
Meloni, de 46 anos, chegou ao poder em setembro de 2022, após fazer campanha pela defesa dos valores da família tradicional. O seu governo lançou algumas políticas polémicas que a comunidade LGBTQIA+ entende como um ataque aos direitos das famílias homoparentais. Em julho, o governo italiano propôs o endurecimento da legislação contra a "barriga de aluguer" para tornar ilegal esta prática, comum entre casais de gays e lésbicas. Em abril, uma diretriz do ministério do Interior proibiu o registo de filhos de casais do mesmo sexo em nome do pai ou da mãe não biológico.