Nacional

Montenegro promete uma reforma mínima de 820 euros

Foto: Gerardo Santos / Global Imagens

O presidente do PSD anunciou, este sábado, que pretende garantir, de uma forma gradual, que os pensionistas tenham um rendimento mínimo de 820 euros e que, em duas legislaturas, recebam o mesmo valor do salário mínimo nacional. Uma medida que Luís Montenegro garante não irá prejudicar as contas do país.

Foi um Luís Montenegro a subir ao palanque assumir, com orgulho, o legado da governação de Aníbal Cavaco Silva, que encerrou o congresso do PSD deste sábado e Almada.

O líder dos sociais-democratas agradeceu a Cavaco Silva e salientou o "grande orgulho que temos no PSD pelo trabalho que desenvolveu à frente do Governo de Portugal, pela sua visão, a sua honestidade, a sua sensibilidade social, a sua vontade de dar às pessoas o instrumento que elas precisam para poderem atingir os seus objetivos. Esse legado, essa marca são uma referência mas são sobretudo uma grande inspiração para o que vamos fazer em Portugal nos próximos anos”.

E foi precisamente numa das áreas que o partido considera mais emblemáticas da governação de Cavaco Silva que Luís Montenegro antecipou uma medida do seu programa eleitoral: o aumento das pensões. E se Cavaco Silva implementou o pagamento do 14º mês para os pensionistas, o atual líder do PSD debruçou-se sobre os seus rendimento mais baixos.

“O nosso objetivo é claro. Nós não vamos cortar um cêntimo a nenhuma pensão. Vamos aumentar de acordo com a lei as pensões, de uma forma geral. Mas vamos também, de forma gradual, e até ao final da legislatura, colocar a referência do complemento solidário para idosos nos 820 euros. Até 2028, o rendimento mínimo garantido dos pensionistas será de 820 euros”, anunciou Montenegro.

Recorde-se que atualmente o valor máximo do complemento solidário para idosos é de 488,20 euros mensais. Trata-se, assim, um aumento de 332 euros. O que, garante Montenegro, não colocará em causa o rigor das contas públicas.

“É um objetivo para cumprir em duas legislaturas. Temos as contas feitas e vamos apresentar com detalhe. Face à despesa que há hoje com as pensões e o complemento solidário para idosos, estes objetivos exigindo boas políticas publicas, cuidado financeiro, são realizáveis”, assegurou o líder do PSD.

Montenegro reafirmou ainda o compromisso do partido para baixar o IRS Jovem até aos 35 euros “para um terço do que pagam hoje”, garantir um “efetivo acesso universal e gratuito às creches e ao ensino pré-escolar”, baixar a taxa de IRS até ao oitavo escalão, valorizar o salário médio e uma política de emigração que tenha o objetivo de “atrair, acolher e integrar, regular e dignificar”. 

“Não podemos ter a porta escancarada nem podemos ter a porta fechada à chave”, sustentou Montenegro, admitindo que “é um bom caminho atrair jovens estudantes estrangeiros para o nosso ensino”.

O líder do PSD também prometeu um duro ataque à corrupção, regulamentando a atividade do lobista e criminalizando o enriquecimento ilícito.

Gina Pereira