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As Forças de Defesa de Israel divulgaram fotografias e vídeos que, afirmam, provam o uso do hospital al-Shifa por terroristas do Hamas, no dia do massacre de 7 de outubro, levando para ali reféns. António Guterres rejeita que “protetorado” da ONU em Gaza seja solução.
O Hamas frisou hoje que ainda não há acordo para a libertação dos reféns detidos pelo grupo islamita em Gaza, acusando o primeiro-ministro israelita de atrasar o processo e mentir, de acordo com um portal pró-palestiniano Gaza Now.
Azzat Al-Rashq, membro do gabinete político do Hamas, sublinhou que o acordo para a troca de prisioneiros ainda não está finalizado, depois do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ter referido hoje que a finalização do processo estava para breve.
O responsável palestiniano acusou o chefe do Governo israelita, Benjamin Netanyahu, de “estar a atrasar o acordo de troca de prisioneiros” e de “mentir a todas as partes”. “Cada vez que chegamos perto de concluir o acordo de troca de prisioneiros, surgem problemas e paralisações”, sublinhou a mesma fonte. “Qualquer acordo de troca de prisioneiros deve ser acompanhado de um cessar-fogo”, acrescentou.
A Cruz Vermelha anunciou hoje que a sua presidente se deslocou ao Qatar para reunir com o chefe do Hamas, Ismaïl Haniyeh, e “discutir as questões humanitárias ligadas ao confito armado em Israel e na Faixa de Gaza”.
“A presidente Mirjana Spoljaric reuniu com Ismaïl Haniyeh, chefe da comissão política do Hamas, e separadamente com as autoridades do Qatar”, indicou o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICR), em comunicado.
Esta visita ocorre quando o Qatar, que está a intermediar uma negociação para a libertação de reféns israelitas detidos na Faixa de Gaza, garantiu no domingo que só existem uns obstáculos “menores” para alcançar um acordo. Segundo o CICR, a visita de Spoljaric inscreve-se no quadro dos esforços para realizar “discussões diretas com todas as partes para melhorar o respeito pelo direito internacional humanitário”.
No texto sublinhou-se ainda que a presidente já se reuniu, “por várias vezes, nas últimas semanas, com familiares dos reféns detidos na Faixa de Gaza, bem como dirigentes israelitas e palestinianos”.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, rejeitou hoje que Gaza se torne “protetorado da ONU” depois da guerra, defendendo em alternativa uma “transição” envolvendo múltiplos atores, nomeadamente os Estados Unidos e os países árabes.
Cerca de uma centena de doentes foram hoje retirados do hospital indonésio de Gaza, bombardeado esta manhã por Israel, operação feita em conjunto com o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), anunciou o Ministério da Saúde do Hamas.
“Ainda há 500 pacientes no hospital e estamos a trabalhar com o CICV para os levar para o hospital Nasser, em Khan Younes”, no sul da Faixa de Gaza, afirmou o porta-voz do Ministério da Saúde do grupo islamita, Ashraf al-Qidreh. “Outros 100 pacientes serão retirados durante a noite e depois distribuídos por diferentes hospitais no sul”, acrescentou.
De acordo com a mesma fonte, o ataque ao hospital indonésio, localizado perto de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, matou pelo menos 12 pessoas e causou numerosos feridos.
O Presidente dos EUA, Joe Biden, disse esta segunda-feira acreditar que estará para breve um acordo para libertar os reféns detidos pelo grupo islamita Hamas em Gaza.
“Tenho conversado com as pessoas envolvidas, todos os dias. Acredito que isso vai acontecer. Mas não quero dar mais pormenores”, disse o líder norte-americano à margem de uma cerimónia na Casa Branca.
Esta segunda-feira, a Casa Branca já tinha informado que Biden tinha “discutido longamente” com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, os esforços para um acordo que conduza à libertação dos reféns.
Os líderes dos Governos de Espanha e Bélgica, que têm a atual e a próxima presidência semestral europeia, reúnem-se na quinta-feira com o primeiro-ministro israelita, em Israel, e com o presidente da Autoridade Palestiniana, na Cisjordânia, foi divulgado esta segunda-feira.
Segundo fontes do Governo de Madrid, Pedro Sánchez e Alexander de Croo deslocam-se em conjunto a Israel e à Cisjordânia na quinta-feira e terão encontros com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e com o líder da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas.
A presença de Sánchez e Croo pretende transmitir a posição da União Europeia (UE) em relação à guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas aos líderes políticos de Israel e da Autoridade Palestiniana, disseram as mesmas fontes, citadas por vários meios de comunicação social espanhóis.
De acordo com as Forças de Defesa Israelitas (IDF), o exército ajudou na evacuação das crianças para o Egito.
"As IDF, em cooperação com o COGAT [Coordenador das Atividades Governamentais nos Territórios], ajudaram a facilitar a evacuação segura de recém-nascidos do Hospital al-Shifa para receberem tratamento médico no Egito", lê-se numa publicação no X (ex-Twitter). "As equipas das IDF no terreno ajudaram as equipas da ONU na evacuação, utilizando incubadoras fornecidas por Israel. Continuaremos a prestar assistência nos esforços humanitários em Gaza", acrescentou o exército israelita.
O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, apelou esta segunda-feira ao alargamento do governo de emergência criado após os atentados de 7 de outubro pelo movimento islamita Hamas, de modo a incluir todos os partidos.
Smotrich afirmou que devem estar representados no executivo os políticos que se opõem ao Hamas, na Faixa de Gaza, e à Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), na Cisjordânia, e acusou o atual “gabinete de guerra” de "se agarrar a uma conceção de segurança que conduziu o país à situação em que se encontra".
O governante discursava no Knesset, Parlamento israelita, tendo sublinhado que o executivo deve "ouvir opiniões que até agora não foram ouvidas", incluindo as de políticos que "criticaram este conceito durante anos e que exigem a eliminação do Hamas e a conquista da Faixa de Gaza para acabar com a ameaça ao Estado de Israel".
As autoridades da Faixa de Gaza denunciaram esta segunda-feira que a população enfrenta “fome e doenças” devido à escassez de alimentos e bens essenciais, exigindo a “abertura permanente” da passagem fronteiriça de Rafah, para facilitar a entrada de ajuda.
“O surgimento de fome na Faixa de Gaza, em consequência da grave escassez de alimentos e de bens de primeira necessidade, confirma que a comunidade internacional, liderada pelos Estados Unidos, está a urdir um malicioso plano destinado a esvaziar a Faixa de Gaza e a deslocar a sua população para o Egito, o que é rejeitado pelo nosso povo”, indicou o gabinete de imprensa do Governo palestiniano do movimento islamita Hamas, numa mensagem na plataforma digital Telegram.
“Consideramos a comunidade internacional e a ocupação israelita totalmente responsáveis pela degradação da situação humanitária e pela falta de alimentos nos mercados e lojas da Faixa de Gaza, uma vez que concordaram com a aplicação de uma política de fome contra o povo palestiniano”, afirmaram as autoridades do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).
Os 28 bebés prematuros retirados domingo de Gaza para o Egito encontram-se esta segunda-feira em "estado crítico" em diferentes hospitais da província do Sinai do Norte, situação que impede uma transferência para outros centros hospitalares do país, disseram fontes médicas.
Fontes do Hospital Al-Arish adiantaram à agência noticiosa espanhola EFE que "a maioria ou mesmo todos" os bebés retirados através do posto fronteiriço de Rafah, que liga a Faixa de Gaza ao Egito, estão em "estado crítico" e que, por isso, não podem ser transferidos para o Cairo para receber um tratamento mais eficaz.
O Hamas saudou esta segunda-feira o sequestro pelos rebeldes xiitas huthis de um navio no Mar Vermelho, considerando-o "uma vitória para o sangue derramado em Gaza", atualmente palco de um conflito entre Israel e o movimento islamita palestiniano.
O sequestro da embarcação surge após os rebeldes xiitas huthis, envolvidos num conflito no Iémen e apoiados pelo Irão, terem ameaçado atacar navios pertencentes ou operados por empresas israelitas.
As Forças de Defesa de Israel divulgaram vídeos e fotografias que mostrar reféns do Hamas no hospital al-Shifa. "Estas descobertas provam que a organização terrorista Hamas usou o hospital al Shifa no dia do massacre de 7 de outubro".
A comunidade internacional deve agir com urgência para travar o "desastre humanitário" em Gaza, afirmou esta segunda-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, durante a visita a Pequim de diplomatas de países árabes e de maioria muçulmana.
A Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) questiona a versão de Israel sobre o ataque do grupo islamita Hamas em 07 de outubro, após uma investigação jornalística indicar que a Força Aérea israelita matou pessoas em território israelita por erro.
“Segundo os média israelitas, a investigação preliminar da polícia israelita demonstrou que helicópteros israelitas bombardearam em 7 de outubro civis israelitas que participaram no festival de música, o que significa que os aviões de combate israelitas causaram uma grande destruição na região”, indica um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros da ANP.
“Em consequência, o ministério considera que o resultado desta investigação suscita dúvidas sobre os relatos israelitas sobre a destruição e as matanças que se produziram nessa zona, especialmente no que respeita às fotografias e vídeos que refletem a destruição e os incêndios que se produziram em muitas habitações como resultado deste bombardeamento”, acrescentou.
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O número de deslocados internos na Faixa de Gaza aumentou para 1,7 milhões indica o relatório diário das Nações Unidas sobre a guerra que começou no passado dia 07 de outubro. A população de Gaza é constituída por 2,2 milhões de pessoas.
De acordo com a Agência da ONU para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) o número de pessoas que se encontram albergadas nas instalações da organização ultrapassa as 900 mil, em condições cada vez mais precárias.
O Gabinete para a Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU, que elabora os relatórios diários sobre Gaza, sublinha que a falta de condições está a provocar o aumento das doenças respiratórias agudas, que já afetam 77 mil pessoas, e diarreias.
Nas últimas 24 horas, segundo o mesmo relatório, os combates entre as forças israelitas e palestinianas na cidade de Gaza prosseguem assim como em outras zonas do norte do território.
O chefe da diplomacia da União Europeia (UE) instou hoje a aplicação da resolução das Nações Unidas que pede “pausas humanitárias urgentes e a criação de corredores humanitários alargados” na Faixa de Gaza, condenado o bombardeamento de escolas.
“A Resolução 2712 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que apela a pausas humanitárias urgentes e à criação de corredores humanitários alargados, deve ser aplicada imediatamente”, defendeu hoje o Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell.
Numa publicação na rede social X (anterior Twitter), o chefe da diplomacia comunitária revela-se “profundamente chocado com o facto de duas escolas da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina terem sido atingidas em menos de 24 horas em Gaza”.
Pelo menos 12 pessoas morreram em ataques do exército israelita ao hospital Indonésio, localizado perto de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, informou o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas. Este é “um novo crime cometido pela ocupação israelita contra hospitais na Faixa de Gaza”, assegurando que o hospital Indonésio “foi atacado com artilharia por tanques”, causando numerosos feridos.
As forças israelitas atacaram vários hospitais nas últimas semanas, argumentando que militantes do Hamas se escondiam nessas instalações, embora o mais relevante tenha sido o cerco ao hospital Al Shifa na última semana, o maior da Faixa localizado na cidade de Gaza.
Israel alega que o Hamas tinha o seu principal centro de comando na cave daquele hospital e no domingo apresentou provas que supostamente apoiam essa tese, mostrando 55 metros de um túnel subterrâneo fortificado e vídeos do mesmo dia do ataque de 07 de outubro, mostrando como vários feridos sequestrados foram levados para Shifa.
Depois de quase uma semana de cerco e de ter entrado em algumas áreas do complexo em diversas ocasiões, Israel ordenou no sábado a retirada de todos os que estavam dentro do hospital de Shifa, cerca de 3.000 pessoas, incluindo pessoal médico, feridos e deslocados.
Dezenas de pessoas gravemente feridas, incluindo vários bebés prematuros, morreram devido ao cerco e à falta de medicamentos, água e combustível. Na retirada, muitos deslocaram-se para o sul do enclave, onde os ataques de Israel são menos intensos, mas alguns, especialmente os feridos mais graves, foram para o hospital Indonésio, em Jabalia, a norte da cidade de Gaza, hoje atacado por Israel.
O movimento islamita Hamas lançou, em 07 de outubro, um ataque surpresa contra Israel, com milhares de foguetes e homens armados, fazendo mais de 1.200 mortos e 240 reféns.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é classificado como terrorista pela UE e pelos Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo em Gaza e impondo um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
A ONU indicou que mais de dois terços dos 2,4 milhões de habitantes da Faixa de Gaza foram deslocados pela guerra, tendo a maior parte fugido para sul.