Economia

Novo secretário-geral da CGTP apela ao espírito de unidade para ultrapassar desafios

O novo secretário-geral da CGTP-IN, Tiago Oliveira, conversa com Isabel Camarinha António Cotrim/LUSA

O novo secretário-geral da CGTP defendeu, este sábado, que para ultrapassar os desafios e atingir os objetivos da estrutura sindical em prol dos trabalhadores terá de haver sempre um espírito de unidade.

"Para ultrapassar os desafios e alcançar os objetivos será sempre em unidade, no local de trabalho, a falar com os trabalhadores, a mobiliza-los e a trazê-los para junto de nós", disse Tiago Oliveira em declarações à agência Lusa horas depois de ter sido eleito secretário-geral da CGTP para o mandato de 2024/2028 com 107 votos a favor de um total de 132 elementos do Conselho Nacional da intersindical que participaram na votação.

A eleição foi realizada na madrugada de sábado, após o encerramento dos trabalhos do XV congresso da CGTP, que decorreu na Torre da Marinha, Seixal, distrito de Setúbal.

Tiago Oliveira considera que as intervenções dos sindicatos e o conteúdo das mensagens trazidas durante os dois dias de congresso demonstram a proximidade que os sindicatos da CGTP têm com os trabalhadores nos locais de trabalho.

"São muitas as lutas a ser dadas como exemplo", adiantando que "há a perspetiva de sair daqui mais reforçados com mais força para continuar o verdadeiro combate a uma mudança politica que tem de ser colocada em prática".

O secretário-geral da CGTP adiantou que nos últimos 40 anos tem-se assistido a uma degradação das condições de trabalho, das condições de vida e dos direitos dos trabalhadores considerando ser impensável que em pleno XXI exista uma desregulação total dos horários de trabalho.

A valorização dos salários e o combate à precariedade é uma das lutas do presente e de futuro da CGTP, frisou o dirigente, alertando que todos os trabalhadores devem assumir a sua condição de classe e lutar por uma vida melhor.

"Estamos em plena campanha eleitoral e é importante que os trabalhadores façam uma avaliação do que são 40 anos de uma política de empobrecimento e degradação das condições de vida e trabalho. Que façam uma leitura atenta daquilo que é a sua condição de trabalhador e a perspetiva que têm por uma vida melhor e que no dia 10 vote em consciência", apelou.

De acordo com dados do último congresso, realizado em 2020, a CGTP representava 556 mil trabalhadores em todo o país.

A CGTP é constituída por 10 federações sindicais, 22 uniões e 79 sindicatos filiados. Agrega ainda cerca de 40 sindicatos que, não sendo filiados, convergem com a intersindical na ação face a objetivos comuns, segundo dados da intersindical.

Redação