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Três estudantes da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa (FPUL) e ativistas pelo clima foram detidos, esta quarta-feira, enquanto decorria uma palestra sobre ação climática. De acordo com os ativistas, duas estudantes "foram detidas por darem a palestra e uma por estar apenas a assistir".
Esta quarta-feira é o terceiro dia da ação "Fim ao fóssil" e fica marcado pela detenção de três jovens ativistas durante a palestra, com cerca de 80 participantes. De acordo com o comunicado enviado às redações pelo grupo de ativistas "Greve Climática Lisboa", duas estudantes foram presas "por estarem a dar a palestra e uma por apenas assistir".
O grupo refere que as detenções ocorreram quando "dezenas de polícias entraram na Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa", alertam para a presença de "várias carrinhas da polícia à porta da faculdade" e denunciam que as estudantes " foram arrastadas" até às mesmas, "enquanto quem assistia entoava o cântico: “Que vergonha deve ser, deter estudantes num mundo a arder!”.
“Nesta semana está-se a normalizar uma repressão da luta estudantil de uma dimensão que não se via há décadas. Como é possível estudantes que apenas estão a tentar lutar pelo seu futuro serem detidas?”, questiona o porta-voz do núcleo pelo Fim ao Fóssil da FPUL, André Matias.
“Este é um precedente assustador no que toca à repressão da liberdade de expressão e direito à manifestação”, acrescenta o ativista.
Os estudantes convocaram uma "vígilia de solidariedade agora na esquadra do Campo Grande", em Lisboa.
A ação desta quarta-feira faz parte de um conjunto de "ações nas escolas para reivindicar o fim aos combustíveis fósseis até 2030 e eletricidade 100% renovável e acessível até 2025, de modo a garantir que este é o último inverno em que gás fóssil é utilizado para produzir eletricidade em Portugal", pode ler-se no comunicado.