Cultura

Património Cultural é "para manter" no Porto

Apenas 16 dos 284 trabalhadores do Património Cultural trabalham na sede, confirmou ao JN fonte do instituto Foto: Leonel de Castro

Sede do instituto público vai ser alvo de obras de restauro. Ministério da Cultura nega “esvaziamento de funções”.

O Palacete Vilar de Allen, sede do instituto público Património Cultural, vai ser objeto de um projeto de intervenção de conservação e restauro, que inclui a reabilitação do jardim.
Os melhoramentos vão ao encontro da “intenção de manter e valorizar a sede do Património Cultural”, adiantou o Ministério da Cultura ao JN.

A resposta surgiu três dias depois de uma notícia deste jornal em que vários autarcas criticaram o esvaziamento de funções e serviços do organismo público, criado no início do ano, na sequência da extinção da Direção-Geral do Património Cultural.

“A sede do Património Cultural continua em pleno funcionamento e o Ministério considera que é fundamental garantir a representatividade da Cultura em todos os territórios”, pode ler-se no mesmo documento.

Apesar de o ministério liderado por Dalila Rodrigues considerar que “a mudança ou esvaziamento nunca foram equacionadas como não correspondem às intenções futuras”, o gabinete do instituto confirmou que apenas 16 dos 284 trabalhadores dos seus quadros, mais dois do que em janeiro, estão a trabalhar na sede. Do mesmo modo, só um dos cinco departamentos técnicos, o de planeamento e gestão, tem uma diretora em permanência no Porto.

A trabalhar a partir de Lisboa, ao contrário do que acontecia com o diretor João Carlos Santos, demitido em junho, João Soalheiro “desloca-se regularmente às instalações no Porto, com as quais mantém contacto diário”. 

Sérgio Almeida