A Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou esta quarta-feira a mpox, anteriormente conhecida como "varíola dos macacos", como uma emergência de saúde pública mundial.
Uma nova estirpe da mpox ("clade 1b") detetada na República Democrática do Congo, em África, levou a Organização Mundial da Saúde a declarar, esta quarta-feira, a mpox como uma emergência de saúde pública mundial, depois de uma reunião do comité de emergência. "Hoje [quarta-feira], o comité de emergência reuniu-se e informou-me que, na sua opinião, a situação constitui uma emergência de saúde pública de preocupação internacional. Aceitei esse conselho", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, numa conferência de Imprensa.
Desde o início deste ano, a República Democrática do Congo registou mais de 14 mil casos de mpox e 524 mortes. A nova estirpe já se disseminou para outros 13 países africanos. Dado o rápido contágio e a maior taxa de mortalidade do que no surto do verão de 2022 - altura em que a OMS declarou também emergência de saúde pública mundial - Tedros Adhanom Ghebreyesu considerou, esta quarta-feira, que o potencial de disseminação da nova estirpe é "muito preocupante".
“A OMS está empenhada, nos próximos dias e semanas, em coordenar a resposta global, a trabalhar em estreita colaboração com cada um dos países afetados e aproveitar a nossa presença no terreno, para prevenir a transmissão, tratar as pessoas infetadas e salvar vidas”, afirmou o diretor-geral da OMS. No dia anterior, também o Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças tinha classificado a mpox como emergência de saúde pública.
Enquanto no surto de 2022, a propagação do mpox acontecia através do contacto próximo entre humanos, incluindo as relações sexuais; no caso da nova estirpe, há evidência que aponta que a disseminação do vírus poderá estar a acontecer dos animais para os humanos ou pelo consumo de carne contaminada.