Justiça

Comandante da GNR de Setúbal proíbe serviço extra em empresa do Seixal

Militares vão deixar de fazer serviço remunerado Foto: Arquivo

A GNR de Paio Pires e Fernão Ferro vai deixar de realizar serviço de segurança gratificado nas instalações da Megasa, a antiga Siderurgia Nacional, no Seixal, a partir deste mês de janeiro, por ordem do Comandante Territorial da GNR de Setúbal.

Os pedidos realizados pela empresa à GNR foram indeferidos pelo comandante que se baseou em normas internas para não aceitar pedidos de gratificados em empresas privadas que já tenham serviço de segurança privada, como é o caso da Megasa.

O serviço gratificado nestas instalações permitia aos militares dos postos de Fernão Ferro e Paio Pires receber dinheiro extra pelo trabalho prestado fora das horas de serviço, pago pela empresa e que significava algumas centenas de euros a mais no vencimento ao fim do mês. Agora, com o fim deste serviço e ao que o JN apurou, houve militares que já pediram transferências para outros postos territoriais do distrito de Setúbal.

A empresa produtora de aço, Megasa, vinha desde há vários anos a pedir o serviço de vigilância por militares da GNR devido ao furto de metais não preciosos das suas instalações, que sempre foram vigiadas por empresas privadas. Desde que este serviço passou a ser realizado pela GNR, não foram registados mais incidentes deste género.

Recentemente, o Comando Territorial de Setúbal da GNR indeferiu os pedidos da unidade fabril em Paio Pires, que passa agora a depender dos serviços de segurança privados no interior das instalações.

Rogério Matos