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PS Porto critica Governo por afastar administração das ULS de Gaia-Espinho e Tâmega e Sousa

Nuno Araújo, presidente da distrital do PS do Porto Foto: Leonel de Castro / Arquivo

A Federação Distrital do PS do Porto criticou esta quinta-feira o Governo por afastar os conselhos de administração das Unidades Locais de Saúde (ULS) de Gaia/Espinho e Tâmega e Sousa, decisão que considerou ser "altamente questionável".

Para Nuno Araújo, presidente da distrital do PS do Porto, esta decisão é questionável "pela falta de transparência e pelo impacto negativo na estabilidade da gestão hospitalar", segundo argumentou em comunicado enviado hoje às redações.

A gravidade da situação "acentua-se devido a dois fatores adicionais: a nomeação de autarcas impedidos de se recandidatarem devido à limitação de mandatos e o custo elevadíssimo em indemnizações devido à interrupção antecipada dos contratos", defendeu Nuno Araújo.

A estrutura do PS considerou que este afastamento vai levar ao pagamento de indemnizações que "podem atingir centenas de milhares de euros, um custo suportado pelos cidadãos e totalmente desnecessário, dado que os administradores nomeados tinham contratos válidos".

"Este tipo de gestão irresponsável dos recursos públicos levanta sérias questões sobre a eficiência e o planeamento do Governo", indicou a distrital.

O líder da distrital reiterou ainda que a saúde pública "está a ser utilizada para acomodar quadros partidários sem função política disponível, quando a escolha de dirigentes deve ser baseada na competência técnica e não na necessidade de reciclagem de quadros".

O ex-administrador do Hospital da Prelada, no Porto, Luís Filipe Matos, foi nomeado presidente da ULS de Gaia/Espinho, sucedendo no cargo a Rui Guimarães, que teve conhecimento da saída pelo JN. Para a ULS do Tâmega e Sousa, o Governo escolheu o presidente da Câmara de Amarante, José Luís Gaspar.

JN/Agências