Economia

Fechar comércio aos domingos e feriados custaria 18 mil empregos

Fechar comércio aos domingos e feriados resultaria na perda de 18 mil empregos, segundo a Associação Portuguesa de Centros Comerciais Foto: Leonardo Negrão / Arquivo

A Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) afirmou, esta quinta-feira, que o encerramento dos estabelecimentos comerciais aos domingos e feriados resultaria na perda de 18 mil postos de trabalho diretos.

A diretora-geral da APCC, Carla Pinto, falava na Assembleia da República, na Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação, no âmbito de uma audição sobre um projeto de lei relativo aos horários de funcionamento do comércio.

A dirigente referiu ainda que “38% das compras são feitas no horário pós-laboral” e que “16% das vendas dos lojistas são feitas aos domingos”.

Carla Pinto mencionou também que “os cinemas ainda não recuperaram do período da pandemia” e acrescentou que “o período pós-laboral representa 36% do negócio da indústria do cinema”.

A questão do "e-comerce" também foi abordada, nomeadamente os casos das plataformas chinesas Shein e Temu, cujas “vendas […] estão a destruir o comércio físico” e “a arruinar milhares de postos de trabalho na Europa”, afirmou a diretora da APCC.

Na mesma sessão, o deputado do Partido Socialista (PS) Hugo Costa disse que “o PS não apoiará” o projeto de lei que visa o encerramento dos estabelecimentos comerciais aos domingos e feriados, acrescentando que o partido é a “favor do funcionamento do mercado”.

Presente também na comissão, o deputado do Partido Social Democrata (PSD) João Vale e Azevedo afirmou que “o PSD é forte defensor da liberdade económica” acrescentando que “qualquer alteração corre o risco de ser um tiro no pé da economia portuguesa”.

JN/Agências