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Egito insiste na reconstrução de Gaza sem deslocações e na solução de dois Estados

Foto: Bashar Taleb/AFP

O Egito insistiu esta segunda-feira na reconstrução da devastada Faixa de Gaza sem deslocar os palestinos, como sugeriu o presidente dos Estados Unidos e na solução de dois Estados como a única forma de alcançar a paz no Oriente Médio.

Na quarta reunião da Parceria Internacional para a Implementação da Solução de Dois Estados no Egito, o ministro dos Negócios Estrangeiros egípcio, Badr Abdelaty, disse que o país norte-africano “está a trabalhar para desenvolver uma abordagem abrangente e com várias fezes para a rápida recuperação e reconstrução de Gaza”.

A reunião contou com a presença do Comissário Geral da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente (UNRWA), Philippe Lazzarini, e da Coordenadora do Processo de Paz no Médio Oriente, Sigrid Kaag, bem como de representantes de mais de 35 países e organizações internacionais.

“A grave crise humanitária em Gaza exige uma recuperação rápida e a garantia de que os palestinianos permaneçam nas suas terras”, afirmou Abdelaty, que disse que o Egito pôs em prática um plano de reconstrução da Faixa de Gaza ‘dentro de um prazo específico e claro’, que não pormenorizou.

Nesse sentido, afirmou que o Cairo está “totalmente comprometido” com a solução de dois Estados, “a única solução para alcançar a paz e a segurança para todos os povos da região”, ao mesmo tempo que rejeita a deslocação forçada dos palestinianos das suas terras.

O plano do presidente norte-americano, Donald Trump, rejeitado pela comunidade árabe, passa por retirar os habitantes de Gaza, sem possibilidade de regresso, e que os Estados Unidos controlem o enclave e o transformem na “Riviera do Médio Oriente”.

A limpeza étnica, entendida como a expulsão forçada de um grupo étnico de um território, constitui um crime contra a humanidade e pode ser considerada um crime de genocídio, de acordo com as Nações Unidas.

JN/Agências