Cultura

"Mona Lisa" terá sala própria no Louvre com acesso independente

Emmanuel Macron ao lado do quadro "Mona Lisa" Foto: BERTRAND GUAY /EPA

O museu do Louvre, em Paris, será alvo de uma grande remodelação, que inclui a mudança da icónica obra “Mona Lisa” para uma nova sala, com bilhete próprio de acesso, anunciou o presidente francês.

O novo “espaço especial” que irá acolher o quadro de Leonardo Da Vinci é “acessível independentemente do resto do museu e, por esse motivo, dotado do seu próprio bilhete de acesso”, anunciou Emmanuel Macron, na sala onde a pintura está atualmente em exposição, citado pela Agência France Presse (AFP).

Na ocasião, Macron pediu à ministra da Cultura, Rachida Dati, que “prepare uma tarifa diferenciada para visitantes estrangeiros de países fora da União Europeia”, que deverá entrar em vigor em 1 de janeiro do próximo ano.

A mudança de “Mona Lisa” para uma sala onde será a única peça em exposição, permitirá que a obra seja visitada “com mais tranquilidade”, tal “como merece”, afirmou Macron.

O plano de remodelação daquele que é o museu mais visitado do mundo inclui também a criação de uma nova entrada, na zona oriental do edifício, que permitirá descongestionar o acesso da entrada pela pirâmide de cristal.

O renovado Louvre pretende atingir cerca de “12 milhões de visitantes por ano”, mais três milhões do que os registados no ano passado - foram 8,7 milhões em 2024, uma quebra de quase 2% em relação ao ano anterior.

A descida de 200 mil visitantes comparativamente a 2023 - quando registou 8,9 milhões de entradas - foi sentida sobretudo durante o verão de 2024, quando se realizaram os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris, mas o Museu do Louvre mantém-se como o mais visitado do mundo.

De acordo com os dados oficiais, em 2024, 77% dos visitantes do Louvre vieram do estrangeiro, incluindo 13% dos Estados Unidos, com vários países europeus representados: 5% de Itália, do Reino Unido e Alemanha, e 4% de Espanha.

“Os visitantes chineses [6% contra 2,4% no ano anterior] começam a registar um regresso significativo”, sublinhou o museu, que há um ano aumentou para 22 euros o preço do bilhete normal. No ano passado, 28% dos visitantes foram admitidos gratuitamente no Louvre.

De acordo com a lista dos 100 museus mais populares do mundo, compilada pelo "The Art Newspaper", em 2023 o Louvre destacava-se dos demais com uma diferença de dois milhões de visitantes face aos Museus do Vaticano, em segundo lugar.

O "top" 5 de 2023 era completado por museus como o Britânico, em Londres, o Metropolitano, em Nova Iorque, e a Tate Modern.

JN/Agências