Justiça

Redes enviaram por correio 14 milhões de euros em notas falsas de cinema

Europol apreendeu mais de 14 milhões de euros em notas falsas, numa operação liderada por Portugal, Espanha e Áustria Foto: Arquivo

A Europol anunciou, esta segunda-feira, a apreensão de mais de 14 milhões de euros em notas falsas, numa operação liderada por Portugal, através da Polícia Judiciária, Espanha e Áustria. As notas, que eram enviadas pelo correio, são conhecidas por "dinheiro do cinema" e incluem uma menção indicando a sua falsidade.

A operação, denominada  DECOY, juntou polícias e serviços da Alfândega no âmbito da European Multidisciplinary Platform Against Criminal Threats (EMPACT) e tinha por objetivo impedir a distribuição de notas e moedas falsas através dos serviços postais em toda a Europa.

Foram apreendidos 174 pacotes com moeda falsa, incluindo 134 949 notas e moedas de euro, 9 186 libras esterlinas (11 mil euros) e 3595 dólares americanos (3200 euros).

Em Portugal foram apreendidas 29 encomendas, envolvendo cerca de seis mil notas falsas (maioritariamente euros, mas também dólares americanos e libras esterlinas), num valor global superior a 250 mil euros. 

A grande maioria dos objetos apreendidos eram notas de design alterado, frequentemente designadas por “dinheiro de cinema”.

"Estas reproduções têm uma forma e uma cor semelhantes às das notas verdadeiras, mas incluem uma pequena menção indicando serem falsas. No entanto, estas menções são frequentemente ignoradas, o que permite aos criminosos fazê-las passar por moeda genuína", refere a Europol.

As organizações criminosas, explicou aquele organismo, "exploram frequentemente as diferenças entre as autoridades responsáveis pela aplicação da lei, nomeadamente quando utilizam os serviços postais para distribuir moeda falsa".

A operação contou com a participação da Áustria, Bulgária, Croácia, República Checa, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Itália, Países Baixos, Polónia, Portugal, Roménia, Sérvia, Espanha, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos.

A Europol e o OLAF (Organismo Europeu de Luta contra a Fraude) apoiaram a operação, "facilitando a partilha de informações, ajudando a detetar pacotes suspeitos e aperfeiçoando os indicadores de risco para futuros esforços de combate à distribuição de moeda falsa".

Reis Pinto