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“É verdadeira”: Montenegro garante que atingiu a meta de redução de alunos sem professores

Luís Montenegro sublinha sucesso das medidas para a Educação Foto: Igor Martins

O primeiro-ministro garante que os resultados positivos dos dois primeiros meses de aulas são reais. Luís Montenegro diz que o número de alunos sem aulas a, pelo menos, uma disciplina caiu 89% face ao primeiro período do ano letivo passado. 

É um objetivo “muito ambicioso” e “difícil” de cumprir em tão pouco tempo, mas, de acordo com os resultados do Executivo, foi conseguido. “Para ser rigoroso, andaremos dentro da casa dos 89% da redução”, afirmou o primeiro-ministro aos jornalistas em visita à Escola Secundária D. Dinis, em Lisboa acompanhado por pelo ministro de Educação e os respetivos secretários de Estado.  É nesta escola em Marvila que Fernando Alexandre irá apresentar, esta sexta-feira, um balanço dos dois primeiros meses do programa “Mais Aulas, Mais Sucesso”. 

Questionado pelos jornalistas sobre o facto de estes resultados serem desmentidos pelo PS, o primeiro-ministro afirmou que esta “não é uma questão de números” e garantiu que a meta "é verdadeira”.

“Não pode haver manifestação maior de desigualdade do que a de um aluno que tem professor em todas as disciplinas e um aluno que não tem professor a algumas disciplinas”, considerou Montenegro, alertando para a perda das aprendizagens nestes meses de aulas. 

Na biblioteca daquela secundária lisboeta, e rodeado por jornalistas, o chefe do Governo referiu que tem agora o objetivo de tirar conclusões das medidas já implementadas, para enfrentar alguns dos problemas “mais dramáticos” e “estruturais” da escola pública. 

Em jeito de balanço, o chefe do Governo sublinhou que entraram mais de cinco mil novos professores no sistema educativo, tendo sido chamadas “para a docência várias pessoas que não estavam dentro da docência”, sublinhou.  

Mais de 200 desses docentes foram colocados em escolas no Algarve e mais de 1200 em Lisboa, as zonas do país onde há maiores carências. Os resultados são fruto  do concurso extraordinário aberto e dos apoios à deslocação de professores, apontou. 

Mas este é “apenas pontapé de saída” na resolução de problemas na escola pública, reiterou Montenegro. 

Inês Malhado