Vila Nova de Gaia

Mau tempo, piratas informáticos e ladrões atrasam pavilhão multiusos em Gaia

Obras do pavilhão sofreram atraso Foto: José Carmo

Mau tempo, um ataque informático que deixou o empreiteiro sem acesso à documentação do trabalho já executado e o furto de material do estaleiro são as três razões apontadas para o adiamento da conclusão do pavilhão multiusos dos Arcos do Sardão, em Gaia.

O fim dos trabalhos de construção do pavilhão estava apontado para dezembro. Mas foi publicado agora, no jornal oficial da União Europeia, uma prorrogação de 64 dias do prazo dos trabalhos. A empreitada é da responsabilidade da empresa ABB, a quem foi adjudicada a obra por aproximadamente oito milhões de euros.

Para o adiamento são apontadas três justificações. A primeira tem a ver com as "condições atmosféricas adversas, de onde se destaca os longos períodos de pluviosidade ao longo de, praticamente, todo o ano de 2024, com especial incidência para as tempestades do final do mês de janeiro, do mês de fevereiro e do final do mês de setembro". A intempérie impediu o empreiteiro de "executar inúmeros trabalhos [...], impossibilitando, assim, o cumprimento do contrato dentro do prazo [...] estipulado".

A segunda refere-se a "um ataque informático", ocorrido em 19 de junho de 2024, que deixou a ABB "sem acesso aos servidores e computadores", levando à "perda de toda a documentação de trabalho até então elaborada" e ao condicionamento da sua atividade "durante meses".

Por fim, verificou- se "a ocorrência de diversos furtos de materiais de construção na empreitada, que obrigaram a proceder à nova encomenda de materiais, impossibilitando a execução dos trabalhos correspondentes e deles dependentes".

O pavilhão multiusos Nelson Mandela está a ser erguido junto à EN 222, entre a Rua Arcos do Sardão e a Avenida Vasco da Gama. Estará preparado para jogos de futebol de salão, andebol, basquetebol e voleibol.  Segundo a Câmara de Gaia, terá "uma área bruta de implantação superior a 3500 metros quadrados, com uma lotação que deverá rondar as três mil pessoas, para espetáculos, e 930 espetadores (dez de mobilidade reduzida e/ou condicionada), como recinto desportivo, sendo que o palco será amovível". 

Hugo Silva