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Condenado a 49 anos de prisão por matar família e planear massacre em escola

Nicholas Prosper matou a família um dia antes de massacre que tinha planeado cometer em escola Foto: Bedfordshire Police / AFP

Nicholas Prosper, de 19 anos, foi condenado a 49 anos de prisão por matar a mãe e os irmãos, em Luton, Inglaterra. O jovem tinha outros crimes planeados e queria tornar-se o pior assassino em massa da história britânica.

Nicholas Prosper admitiu ter assassinado a mãe, Juliana Falcon, de 48 anos, e os dois irmãos, Kyle, de 16, e Giselle, de 13, em setembro do ano passado.

Os homicídios da própria família faziam parte de uma ambição infame maior. A segunda parte do plano passava por invadir a escola primária que tinha frequentado, com uma espingarda, e levar a cabo o maior massacre do século XXI.

Com o objetivo de assassinar 30 crianças no estabelecimento, o jovem fotografou os funcionários e os alunos no site da escola e anotou os horários de todas as aulas.

Comprou uma espingarda online e planeou matar a família enquanto dormia, mas o esquema foi interrompido quando os pais se aperceberam de que algo errado se estava a passar. Gerou-se então uma forte discussão em casa e Nicholas matou a mãe e os dois irmãos a tiro.

O alerta foi dado pelos vizinhos que ouviram os desacatos. Apesar de Nicholas ter conseguido escapar, foi encontrado duas horas depois pelas autoridades.

Condenado a 49 anos de prisão, Nicholas tinha-se recusado a comparecer, esta quarta-feira, no tribunal de Luton, para ouvir a sentença, mas foi obrigado a fazê-lo por ordem do juiz Cheema- Grubb, que prestou homenagem às vítimas, acreditando que elas “salvaram a vida a muitas crianças”. “A comunidade deve-lhes gratidão e a memória deve ser honrada”, disse o juiz.

“As mortes deles e a resposta rápida da polícia impediram qualquer outra família da comunidade de passar pela dor que sofremos”, partilhou o pai do jovem, Raymon Prosper, com as autoridades locais.

O criminoso foi diagnosticado com perturbação do espetro do autismo, mas o médico não encontrou relação entre a doença e os atos violentos cometidos.

Mariana Ferreira