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Homem que matou três pessoas na Alemanha acusado de homicídio e de pertença a grupo terrorista

Foto: Christopher Neundorf / EPA

O presumível autor do ataque mortal com faca na cidade alemã de Solingen, em agosto de 2024, foi acusado pelo Ministério Público Federal alemão de três homicídios, 10 tentativas de homicídio e pertencer a uma organização terrorista estrangeira.

O acusado é um cidadão sírio, Issa Al H., requerente de asilo com 26 anos na altura do ataque, que causou a morte de três pessoas numa festa municipal.

De acordo com a acusação, o homem é “um apoiante da ideologia” do movimento Estado Islâmico (EI) e “nesta base decidiu cometer” o atentado, com o objetivo de atingir “representantes do tipo de sociedade ocidental que rejeitava” e “vingar-se das ações militares dos Estados ocidentais”.

Segundo o Ministério Público, antes de cometer o ato, o suspeito contactou um membro do EI por correio eletrónico, que o “encorajou” e “lhe garantiu que o EI assumiria a responsabilidade pelo crime”.

O suspeito filmou-se a si próprio a jurar fidelidade ao grupo, vídeo que transmitiu ao seu contacto imediatamente antes do ataque.

O agressor levou a cabo o ataque frente ao palco onde decorria um concerto, visando o “pescoço e a parte superior do corpo” dos espetadores, “principalmente por trás”.

Em seguida, fugiu, antes de se entregar às autoridades na noite seguinte. No mesmo dia, o Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado.

O ataque pôs em evidência as falhas do Regulamento de Dublin da União Europeia, segundo o qual o primeiro país dos 27 em que um imigrante ilegal entra é responsável pelo seu pedido de asilo.

Issa Al H. deveria ter sido deportado para a Bulgária, onde a sua chegada tinha sido registada.

JN/Agências