A Câmara de Águeda vai avançar com a ampliação do Museu Ferroviário de Macinhata do Vouga. A informação foi avançada, este sábado, ao JN, à margem da assinatura de um Acordo de Cooperação entre a CP – Comboios de Portugal, o Município de Águeda e a Junta de Freguesia de Macinhata do Vouga.
O Município de Águeda e a Junta de Freguesia de Macinhata do Vouga assinaram, este sábado, um acordo para a promoção de atividades em torno do Comboio Histórico do Vouga 2025, que circula na Linha do Vouga, a única linha de bitola estreita ativa em Portugal.
Segundo o presidente da Câmara de Águeda, Jorge Almeida, o objetivo é tornar aquele núcleo museológico no museu nacional ferroviário de via estreita, aproveitando para expor de forma adequada o material que está disperso em vários locais.
No museu atual, explicou o autarca, “falta espaço” para mostrar devidamente o material que ali se encontra. Além disso, existe espólio no “depósito da Sernada, que inclui locomotivas e carruagens, que não estão expostas por falta de espaço”. Existe, ainda, “por esse país fora, muito espólio ligado à via estreita”, algum do qual “até já recuperado e está à espera da obra [de ampliação do museu] para vir para Águeda”.
Viagens no comboio histórico
A ampliação do museu, adjudicada à empresa Betalar – Engenharia e Construção, pelo valor de 1,19 milhões de euros (mais IVA), contará com financiamento do Portugal 2030. Segundo o autarca, os trabalhos, que têm um prazo de execução de 240 dias (oito meses).
Este sábado teve início a edição 2025 das viagens do Comboio Histórico do Vouga, que decorrem até 30 de agosto entre Aveiro e Macinhata do Vouga. Na única linha de via estreita em operação no país vão circular cinco carruagens dos primeiros anos do século XX, rebocadas por uma locomotiva da série CP 9000.
João Claro, vogal da CP, que marcou presença na assinatura do acordo, assegurou que os comboios históricos são um produto turístico que se pretende “continuar a desenvolver”, tanto na linha do Vouga como noutras.