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Rapper Oruam, filho de líder do Comando Vermelho, detido no Brasil por tráfico

Oruam responde por associação para o tráfico de drogas, resistência qualificada, dano ao património público, desacato, lesão corporal e tráfico Foto: Direitos Reservados

A justiça brasileira decretou, esta terça-feira, prisão preventiva para o artista brasileiro Oruam, filho de um dos líderes históricos do Comando Vermelho, que está indiciado por vários crimes como associação ao tráfico.

“Se havia alguma dúvida de que o Oruam seria um artista periférico ou um marginal da pior espécie, hoje nós temos certeza de que se trata de um criminoso faccionado, ligado ao Comando Vermelho, facção que o pai dele, o Marcinho VP, controla à distância, de fora do estado, mesmo estando preso em presídio federal”, afirmou o secretário da Polícia Civil, Felipe Curi, citado pelo portal "G1".

O caso escalou na segunda-feira à noite após a polícia ter identificado que um adolescente ligado ao Comando Vermelho encontrava-se na casa do rapper brasileiro, no Joá, zona oeste do Rio. Imagens nas redes sociais mostram Oruam e os amigos a ofenderem os polícias e a arremessarem pedras contra as autoridades.

Oruam fugiu de casa e divulgou um vídeo nas redes sociais a desafiar os polícias a irem buscá-lo ao Complexo da Penha, controlada precisamente pelo Comando Vermelho.

“Após esse evento, ele fugiu e se escondeu no Complexo da Penha. Gravou um vídeo que é uma confissão. Trata-se de um marginal faccionado ligado à facção Comando Vermelho. E desafiando as autoridades de segurança pública a irem até lá para fazer a captura dele", disse o secretário da Polícia Civil, em entrevista ao Bom Dia Rio.

Oruam responde por associação para o tráfico de drogas, resistência qualificada, dano ao património público, desacato, lesão corporal e tráfico.

Numa nota divulgada à imprensa, a equipa do rapper justificou que, "apesar da invasão, nenhuma objeção ou suspeita foi encontrada, pois não havia motivo algum para tal ação". "Além disso, durante a abordagem, meu produtor, que estava comigo, foi algemado de maneira arbitrária e sem justificativa plausível. Essa ação violenta e desproporcional, além de humilhante, gerou grande sofrimento emocional e físico para todos nós presentes", lê-se, numa nota citada pelo jornal "O Globo".

O rapper brasileiro, de 24 anos, filho de Marcinho VP, atuou a última vez em Portugal a 1 de fevereiro passado, no MainStreet Festival, em Lisboa.

JN/Agências