O verão de 2025 chegou com força, com o calor que todos gostamos e merecemos num período em que a maioria escolhe como tempo de férias e da desaceleração da rotina, mas estas condições propícias ao descanso trazem consigo tópicos que continuam na ordem do dia, e merecem uma atenção redobrada. No dia 15 de julho assinalou-se o Dia da União Europeia para as Vítimas da Crise Climática Mundial e a instituição deste dia por parte do Parlamento Europeu obriga-nos a uma reflexão profunda.
Em Portugal, a ameaça dos incêndios florestais tornou-se quase uma constante anual, deixando um rasto de destruição nas nossas florestas, comunidades e economia. Mas o que estamos a enfrentar hoje não é apenas o resultado de fenómenos naturais tradicionais e recorrentes, ou de práticas negligentes - as alterações climáticas estão claramente a amplificar as condições para que os incêndios se tornem mais frequentes, intensos e difíceis de controlar.
Os dados são claros: verões mais longos, ondas de calor extremas, secas prolongadas e ventos imprevisíveis estão a criar um "novo normal" em que os incêndios florestais já não são exceções, mas sim uma realidade esperada. E este cenário só reforça uma mensagem fundamental: mais do que nunca, é crucial apostar na prevenção.
Mas a prevenção vai além das ações no terreno. Implica também antecipar cenários adversos e preparar-nos para lidar com as suas consequências. Afinal, apesar de todos os esforços, nem sempre é possível evitar que um incêndio aconteça. É por isso que estar preparado é tão relevante quanto prevenir.
Além do olhar sobre o ambiente e natureza, as alterações climáticas vieram alterar profundamente a forma como vivemos. É uma nova realidade perante a qual proteger o que temos - sejam bens materiais, empresas ou recursos naturais - tornou-se uma prioridade. Esta proteção passa por garantir que, quando algo corre de forma adversa, existe uma resposta eficaz que minimiza as perdas.
Neste contexto, as soluções de proteção do setor segurador desempenham um papel essencial. Não se trata apenas de um mecanismo financeiro, mas de uma ferramenta que permite às pessoas e às empresas recuperarem de forma mais célere após um evento devastador. Um seguro bem estruturado é a diferença entre ter o suporte necessário para recomeçar, seja na reconstrução de uma casa, na recuperação de uma empresa ou na proteção de ativos essenciais, ou não o tendo, termos de começar do zero.
O seguro não substitui a prevenção, mas é mais uma ferramenta num pacote preventivo sobre o qual todos devemos atuar - desde a limpeza das matas, aos sistemas de alarmística mais rápidos e eficazes, passando pela pedagogia junto das populações. A melhor forma de enfrentar os desafios impostos pelos incêndios é adotar uma abordagem integrada, que combine ações preventivas no presente, mas com os olhos em possíveis imprevistos no futuro.
Se o verão é por excelência tempo de descanso, para muitos (na Proteção Civil, nos bombeiros e outras entidades a quem devemos a nossa segurança e proteção) é tempo de atenção redobrada. Os incêndios são um lembrete doloroso de que o nosso planeta está a mudar, e de que precisamos de nos adaptar rapidamente a estas novas realidades. A prevenção é o caminho mais eficaz para minimizar os riscos, mas a preparação para lidar com o inesperado é igualmente essencial.