A coligação Barcelos Mais Futuro (PSD/CDS) apresentou a lista de candidatos à Câmara Municipal, liderada por Mário Constantino Lopes, atual presidente. O autarca afirmou apresentar a candidatura "com sentido de responsabilidade", lembrando que o projeto político apresentado há quatro anos foi pensado para uma década. "Temos esse compromisso com os barcelenses e vamos, com mais convicção ainda, lutar para continuar a trabalhar em prol de Barcelos e dos barcelenses", disse.
Nos seis primeiros nomes, há quatro alterações em relação às Autárquicas de 2021. Saem Domingos Pereira, condenado por corrupção, com perda de mandato, Mariana Carvalho, António Ribeiro e Elisa Braga e entram Dalva Rodrigues, José Paulo Matias, Filipe Pinheiro e Elisabete Silva.
A lista integra Carlos Reis, arguido no processo Tutti-Frutti, o que gerou reação. Mário Constantino Lopes defendeu que "o dr. Carlos Reis não está impedido de exercer os seus direitos cívicos", sublinhando a confiança pessoal e política no candidato. Recusou usar casos judiciais como arma política e criticou o que considera ser a prática de outros partidos: "A política é apresentar projetos e ideias. A questão deve ser resolvida no fórum próprio."
No programa para o próximo mandato, o candidato destacou intervenções na mobilidade, saúde, habitação, educação e regeneração urbana. Entre as prioridades, referiu a conclusão da circular e o avanço da "circular do Andorinhas", a construção da variante ao novo hospital, a nova travessia urbana sobre o rio Cávado e o reforço das linhas do transporte urbano TUBA. Estão também em concurso 11 passagens de nível para eliminação, duas delas no perímetro urbano, consideradas urgentes.
O plano inclui a criação de parques de estacionamento periféricos e de um parque subterrâneo no centro da cidade para aliviar o trânsito, a requalificação das frentes ribeirinhas das margens direita e esquerda, a construção de um pavilhão multiusos e a execução de um "masterplan" ambiental, com recuperação de açudes e a ampliação e reconversão da ETAR de Barcelos. "Queremos, a breve prazo, um rio mais despoluído e convidativo ao lazer, à semelhança do que está a acontecer em Braga", afirmou.
Sobre a estratégia face às críticas e campanha negativa do Chega, Mário Constantino Lopes garantiu que responderá "com obras, projetos e propostas concretas". "Por cada insulto, apresentarei uma obra; por cada insinuação, um projeto; por cada difamação, uma proposta", afirmou, rejeitando entrar "na lama" ou em "questões laterais à política".
O candidato destacou ainda a natureza plural da coligação e o objetivo de alargar a representação autárquica: "Queremos mais votos, mais vereadores, mais juntas de freguesia, mais membros na assembleia municipal e nas assembleias de freguesia. Faremos uma campanha positiva, alegre e próxima das pessoas."