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Zelensky pediu a Trump que Hungria permita adesão à União Europeia

Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky AARON SCHWARTZ / EPA

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse nesta quinta-feira que pediu ao chefe de Estado norte-americano, Donald Trump, para convencer a Hungria a desbloquear o processo de adesão da Ucrânia na União Europeia.

O Governo de Budapeste, liderado por Viktor Órban, que mantém relações estreitas com o presidente dos Estados Unidas, demonstrou reiteradamente nos últimos meses oposição à entrada da Ucrânia na União Europeia.

Sobre a situação no terreno, o chefe de Estado ucraniano disse que as forças russas estão a aumentar o efetivo de tropas no sul da Ucrânia, preparando uma potencial ofensiva. Segundo Zelensky, Moscovo está a transferir as forças da região russa de Kursk para Zaporíjia, na Ucrânia.

As declarações de Zelensky foram prestadas na quarta-feira a um grupo de jornalistas, incluindo da Agência France Presse, mas sob embargo até esta quinta-feira de manhã.

Em questões relacionadas com armamento, o presidente ucraniano afirmou que Kiev testou com "sucesso" um novo míssil com um alcance de três mil quilómetros.

O míssil "Flamingo" pode começar a ser produzido em grande escala a partir do início do próximo ano, de acordo com Zelensky.

Na mesma declaração, difundida hoje de manhã, Zelensky referiu-se também ao eventual encontro bilateral Ucrânia-Rússia, no quadro dos contactos diplomáticos estabelecidos nos últimos dias, afirmando que o encontro com o presidente da Rússia pode ocorrer na Suíça, na Áustria e na Turquia.

Zelensky disse ainda que acredita que um encontro com Vladimir Putin "é possível após um acordo sobre garantias de segurança para Kiev".

Por outro lado, disse que a República Popular da China não pode ser uma garantia de segurança para a Ucrânia "contra a Rússia", referindo-se diretamente ao apoio de Pequim a Moscovo.

"Em primeiro lugar, a China não nos ajudou a acabar com esta guerra desde o início. Em segundo lugar, a China ajudou a Rússia abrindo o mercado dos "drones"", disse Zelensky sobre as posições de Pequim face ao conflito. "Não precisamos de garantias que não ajudem a Ucrânia", acrescentou o presidente da Ucrânia.

JN/Agências