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Cristais, rosas e Labubu: o espetáculo de Naomi Osaka no US Open

Naomi Osaka brilhou na estreia no US Open 2025 Foto: MATTHEW STOCKMAN / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP

A tenista japonesa Naomi Osaka estreou-se no US Open com um visual cravejado de cristais, rosas no cabelo e um Labubu personalizado chamado "Billie Jean Bling". A combinação transformou a sua entrada em court num verdadeiro espetáculo, com moda e desporto em simbiose.

Naomi Osaka estreou-se no US Open 2025 com um visual que chamou todas as atenções: um blusão vermelho cravejado de cristais, uma saia em balão com o mesmo detalhe cintilante, rosas 3D no cabelo e um Labubu personalizado pendurado na bolsa. A combinação transformou a sua entrada em court numa espécie de passarela.

A japonesa começou o torneio com uma vitória sobre a belga Greet Minnen, mostrando que, para além da técnica, a sua presença visual em court é cuidadosamente planeada. "Sempre fazemos provas com meses e meses de antecedência, e eu sei como será o ano que vem. Isso deixa-me animada para me sair bem e poder ter uma boa quadra para usar estes visuais", explicou Osaka.

O Labubu, criado pelo artista Kasing Lung em 2015, já circulava entre colecionadores antes de ganhar projeção global. Originalmente inspirado na mitologia nórdica, o personagem peludo e de dentes afiados tornou-se febre após Lisa, do grupo BLACKPINK, partilhar imagens com a peça em 2024. Desde então, celebridades como Rihanna, Kim Kardashian e David Beckham também foram vistas com o brinquedo, cuja procura atingiu uma nova dimensão em 2025.

"Ela chama-se Billie Jean Bling", disse Osaka à CNN, explicando o nome do boneco cravejado. "Não Billie Jean King. Billie Jean Bling", reforçou, acrescentando um toque de irreverência e homenagem à lenda do ténis.

A peça personalizada acompanhou o visual pensado para a estreia, mostrando que cada detalhe - do design às cores - foi planeado para brilhar sob as luzes do Louis Armstrong Stadium.

Preparação e improviso: a construção do visual

Apesar da aparência elaborada, a tenista revelou que o processo envolveu improviso e decisões de última hora: "Eu pensei: "Você acha que isso é possível?" Talvez tenha sido há duas semanas", recordou, explicando que ajustes técnicos foram necessários. "Foi muito elaborado porque os cristais são difíceis de aplicar numa roupa de performance."

As sapatilhas GP Challenge I da Nike, assinadas por Osaka, completaram o visual, combinando com a cor do blusão e da saia. Pequenos detalhes, como as rosas 3D no cabelo - das quais só restou uma antes do início da partida - reforçaram a narrativa visual que misturava preparação e realidade em court.

Para Osaka, a estreia em horário noturno foi perfeita para destacar o efeito cintilante da roupa. "Fiquei feliz que a minha primeira partida tenha sido noturna, porque foi muito divertido usar este visual. Este é o meu visual noturno, espero usar o diurno na próxima vez", disse.

Além da moda, o US Open tem um significado especial para a tenista. Na conferência pré-torneio, falou sobre as memórias que gostaria de partilhar com a filha, Shai: "Para mim, o US Open é provavelmente o meu torneio favorito e mais importante. Tenho muitas memórias incríveis aqui, mas também algumas menos boas. Nova Iorque é ruidosa e movimentada, mas é também muito especial."

A aposta em acessórios de cultura pop reforça a tendência de combinar moda, desporto e coleccionismo num só espaço, transformando a estreia da japonesa numa referência de estilo para fãs e outros jogadores.

Sara Oliveira