Justiça

PSP trava drone que ia deixar telemóveis em cadeia de Lisboa

Material apreendido pela PSP Foto: PSP

A PSP frustrou uma tentativa de introdução de telemóveis e outros artigos proibidos no interior do Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL), localizado no centro da cidade. A ação teve lugar durante um patrulhamento de rotina, no qual os polícias detetaram a presença de um drone a sobrevoar a zona envolvente da prisão.

Segundo anunciou a Polícia ontem, o aparelho aéreo, que estava pintado de preto e voava sem qualquer tipo de iluminação visível, foi avistado junto de um dos muros do EPL.

O voo do drone levantou, de imediato, suspeitas, sobretudo por se tratar de uma área de acesso restrito. Os agentes continuaram a acompanhar visualmente o percurso do aparelho e perceberam que este desceu, subitamente, de altitude e entrou no espaço aéreo da cadeia, tendo-se retirado, rapidamente, logo após a manobra.

Sem queda de objetos

Perante a situação, os elementos da PSP encetaram uma operação para tentar localizar e intercetar o operador do drone. Mas o suspeito, ao aperceber-se da aproximação policial, pôs-se em fuga, abandonando o local a pé.

Durante a perseguição, os polícias encontrariam uma mochila, que terá sido utilizada para o acoplamento ao drone e foi deixada para trás pelo fugitivo.

No interior da mochila foram encontrados três telemóveis, três carregadores, dois cartões SIM, um auricular, duas pedras de carvão, seis embalagens de shisha e um fio de nylon, material que frequentemente os reclusos tentam obter de forma clandestina.

A PSP informou a direção do Estabelecimento Prisional de Lisboa, que confirmou que não foi detetada qualquer largada de objetos no pátio sobrevoado pelo drone.

As autoridades continuam a tentar identificar o suspeito e apurar eventuais ligações a redes criminosas de apoio a reclusos.

César Castro