Brand Story

Douro explorado em ritmo de aventura

Uruguaios e dinamarqueses discutem, para já, à entrada do fim de semana, a liderança do NORCHA® AR Discover Douro Valley 2025. A equipa do norte da Europa, Team Aaros, apesar de menos experiente, tira partido do físico robusto dos quatro elementos.Uruguaios e dinamarqueses discutem, para já, à entrada do fim de semana, a liderança do NORCHA® AR Discover Douro Valley 2025. A equipa do norte da Europa, Team Aaros, apesar de menos experiente, tira partido do físico robusto dos quatro elementos.

Os nórdicos assumiram a frente desta expedição aventura logo após os primeiros quilómetros, na quinta-feira, com um ritmo impressionante e maior facilidade de adaptação às necessidades de orientação. Bem-dispostos e preparados, os dinamarqueses, dois homens e duas mulheres, tiveram a concorrência principal da formação espanhola, mas foram os uruguaios da Ultra Sport, entretanto, quem mais se aproximou dos líderes. Nesta competição tanto se corre ou caminha, como se navega de caiaque nas águas do Douro e do Tua ou se faz escalada numa parede rochosa. É a descoberta do vale do Douro por trilhos e percursos até desconhecidos das rotas turísticas em ritmo non stop durante 500 quilómetros.

Destreza e orientação

Aqui o ritmo é constante e devido a limitações de transporte de equipamentos e mantimentos até a sobrevivência está em causa. O regulamento determina que os atletas sejam autossuficientes. A adaptação às condições do terreno, a gestão do esforço e a privação do sono são os principais desafios, para além da orientação (apenas através de mapas e bussolas). Com três dias já ultrapassados, o clima ameno tem sido um bom aliado. "Apesar de percorrerem em média 150 quilómetros por dia, os atletas adaptam-se facilmente ao terreno. As zonas pelas quais passam, não apresentam grande altitude, e o clima não tem estado nem muito quente, nem muito frio, tornando-se um ponto favorável e vantajoso para as equipas", explica Samuel Eloy, técnico da Adventure Racing World Series que veio de Minas Gerais para apoiar o evento português inserido no circuito mundial tutelado por esta organização. "Os atletas estão em constante transição, nunca ficam muito tempo a praticar uma só modalidade. Este tipo de provas permite aos desportistas serem rápidos para também conseguirem descansar a musculatura entre modalidades. Um percurso maior tem mais efeito nos músculos dos atletas e deixa-os mais lentos". Acrescenta ainda o brasileiro que as equipas mais físicas e mais experientes neste tipo de desporto aventura são sempre as favoritas, mas dá igualmente ênfase aos conhecimentos de navegação e orientação imprescindíveis para implementar estratégias eficazes de superação dos desafios.

Gerir o sono

A gestão e privação do sono, conta Eloy, é outro fator determinante. "As quatros equipas que levam vantagem dormem apenas uma a duas horas. As restantes têm outros ritmos e são mais cautelosas. Dormem mais para superarem o esforço, o que as atrasa na progressão". Mesmo quando se decide parar e dormir, não há condições ideias.

"Não existe um lugar certo para descansar e recarregar as energias, os atletas acabam por se encostar em algum lugar que encontram".

O NORCHA® AR Discover Douro Valley 2025 pelas características do regulamento e sendo uma prova de autossuficiência permite a autodescoberta em todos os sentidos da região duriense. Samuel Eloy dá um exemplo: "Numa noite fria é possível aos participantes baterem à porta de uma casinha de aldeia, perdida no monte, e abrigarem-se. Podem provar um vinho da terra que, com toda a certeza, lhes vão oferecer enquanto os humildes e satisfeitos anfitriões lhes contam histórias e lendas destas paragens". É com pequenas paragens como esta que se ganha novo ânimo para enfrentar mais uns quilómetros noturnos. "Procuramos oferecer esse tipo de turismo, porque queremos dar a conhecer a cultura de um povo de maneira mais próxima e íntima. Posso afirmar que ninguém vai sair daqui sem ter comido uma uva, sem ter provado um figo ou sem ter provado um vinho em algum vilarejo", descreve o homem que ajuda a organização a projetar mediaticamente o evento.

O NORCHA® AR Discover Douro Valley 2025 não se faz só de aventura. Entre paisagens deslumbrantes e tradições vivas, cada momento é uma experiência que desperta todos os sentidos. Acompanhe as classificações através do Live Tracking disponível em: https://nonstopaventura.tracktherace.com/es/norcha-2025/race

"Vivências são o mais bonito que levamos"

Até à meia-noite deste domingo (7 setembro), os concorrentes vão continuar a descobrir e a conhecer, através de trilhos de trekking e percursos BTT e de canoagem, os 19 municípios da Comunidade Intermunicipal do Douro. Além do património natural onde estão inseridos os famosos vinhedos nas encostas ingremes e verdejantes, já em tempo de vindima em alguns locais, abrem-se aos olhos dos aventureiros paisagens onde rompem castelos e torres sineiras de igrejas que marcam a passagem do tempo nesta região tão única de Portugal e que tantos "uau" têm despertado nos atletas internacionais. O desfecho da expedição acontecerá no famoso Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, em Lamego, onde os atletas passam de bicicleta o último ponto de controlo. Chegar ao fim e possibilitar que os participantes levem para casa uma coleção de memórias irrepetíveis é algo pelo qual a organização trabalha muito tempo antes dos atletas chegarem ao terreno.

Redação