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Recuperados os primeiros destroços do Britannic, o navio irmão do Titanic

Mergulhadores recuperaram objeto de navio naufragado a 120 metros de profundidade Ministério da Cultura da Grécia /AFP

Uma equipa de mergulhadores de águas profundas recuperou o primeiro conjunto de objetos do Britannic, navio que afundou em novembro de 1916, após colidir com uma mina alemã, ao largo da Grécia. Entre os destroços recolhidos estão uma lanterna de sinalização, azulejos de cerâmica e um par de binóculos.

Organizada pelo historiador Simon Mills, fundador da Britannic Foundation, a investigação foi supervisionada pelo departamento responsável pela arqueologia subaquática do ministério da Cultura grego, conta o jornal britânico "The Guardian".

A missão de recolha dos artefactos, a 120 metros de profundidade, foi conduzida em maio por uma equipa de 11 profissionais, equipados com materiais de mergulho especiais.

Segundo o ministério da Cultura, as condições no local do naufrágio foram desafiantes, consequência das correntes, profundidade e baixa visibilidade. Por este motivo, certos objetos inicialmente selecionados não foram recolhidos devido à localização e ao fraco estado de preservação.

Os objetos, entre os quais o sino do posto de observação do navio, itens de equipamento portátil, azulejos decorativos e

um par de binóculos foram posteriormente transportados para laboratórios especializados em conservação, explica o mesmo jornal. É expectável que integrem uma exposição de antiguidades subaquáticas num museu em fase de construção, no Pireu.

O transatlântico HMHS Britannic foi o terceiro navio da classe Olympic, construído em 1914 pelo mesmo estaleiro do famoso RMS Titanic e foi convocado pela marinha britânica para ser utilizado na Primeira Guerra Mundial como navio-hospital.

O ministério da Cultura helénico afirma que o navio afundou em menos de uma hora, com mais de mil passageiros a bordo.

Redação