Funchal

Madeira quer retirar da rua 80% dos sem-abrigo até 2030

Foram sinalizadas 177 pessoas em situação de sem-abrigo no arquipélago Foto: Pedro Granadeiro / Arquivo

A Madeira pretende reintegrar socialmente cerca de 80% das pessoas em situação de sem-abrigo até 2030, através do novo plano regional de combate à exclusão social e promoção da dignidade humana, indicou esta quinta-feira o Governo Regional (PSD/CDS-PP).

De acordo com os dados oficiais mais recentes, 177 pessoas foram sinalizadas em situação de sem-abrigo no arquipélago, com incidência nos concelhos do Funchal (140), Câmara de Lobos, Santa Cruz e Machico, todos na costa sul da ilha da Madeira.

"Tudo vamos fazer para que, efetivamente, consigamos desses 177 [que] pelo menos 80% possam ser acolhidos num espaço idóneo", disse a secretária regional de Inclusão, Trabalho e Juventude.

Paula Margarido falava no âmbito da apresentação do III Plano Regional para a Integração de Pessoas em Situação de Sem-Abrigo (PRIPSSA 2025-2030), que decorreu no auditório do Instituto de Segurança Social da Madeira, no Funchal.

O PRIPSSA 2025-2030 definiu um conjunto de medidas que visam, sobretudo, criar soluções de acolhimento, tratamentos de saúde e acompanhamento posterior e inserção no mercado de trabalho e conta com a colaboração de 23 parceiros, públicos e privados, que operam na área social.

A presidente do Instituto de Segurança Social da Madeira, entidade responsável pelo projeto, explicou que estão já em curso duas empreitadas financiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência para disponibilizar 22 camas em duas instituições nos concelhos do Funchal e Câmara de Lobos até 2026. "Pretendemos, acima de tudo, acolhê-los em sítios seguros", afirmou Nivalda Gonçalves.

A responsável indicou que as pessoas sem-abrigo sinalizadas na Região Autónoma da Madeira são maioritariamente homens, com idades médias entre os 40 e os 50 anos e, em muitos casos, com outros problemas associados, como doenças mentais e consumo de drogas.

JN/Agências