Nuno Pardal Ribeiro, antigo dirigente do Chega e ex-deputado municipal em Lisboa, vai ser julgado por dois crimes de prostituição de menores, decidiu esta quinta-feira uma juíza de instrução criminal. Um piloto de aviões, com 74 anos, já condenado pela morte de duas pessoas, também será julgado no âmbito do mesmo processo.
Pardal Ribeiro prestou declarações esta manhã, no Tribunal de Instrução de Cascais, Segundo o jornal "Expresso", o ex-conselheiro municipal do Chega admitiu, em tribunal, sexo oral com um menor de 15 anos, mas garantiu que pensava que este era maior de idade, pois conhecera-o num site de encontros amorosos para adultos. Também assumiu que deu 20 euros ao jovem, mas que era para ir jantar com amigos, não um pagamento por sexo. E ainda negou ter tentado um segundo encontro com o jovem.
Os argumentos não colheram junto da juíza de instrução que decidiu pronunciar Pardal Ribeiro exatamente nos mesmo termos da acusação do Ministério Público. Pardal Ribeiro vai ser julgado por dois crimes de prostituição de menores, um consumado e outro tentado. Foi vice-presidente da distrital de Lisboa do Chega e renunciou ao cargo de deputado municipal em Lisboa após o caso ter vindo a público.
Na fase de instrução, pediu a suspensão do processo mediante o pagamento de uma injunção e o cumprimento de determinadas regras de conduta. Porém, tanto o Ministério Público como a família da vítima manifestaram a sua oposição.
No mesmo processo, vai também ser julgado por prostituição de menores um piloto de aviões, com 74 anos. Este arguido já tinha sido condenado num processo anterior pela morte de duas pessoas numa aterragem forçada numa praia da Costa da Caparica.
O "Expresso" contactou o advogado de Nuno Pardal Ribeiro que se recusou a prestar qualquer esclarecimento. "Não falo do processo", terá dito, citado pelo jornal.