Alunos do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da Universidade do Porto estão a fazer rastreios de saúde gratuitos na Baixa do Porto durante três dias.
A XV Edição Medicina da Baixa começou nesta terça-feira e decorre até quinta-feira, entre as 10 horas e as 18.30, nos espaços Polo Zero (Clérigos) e Trinity Porto (Trindade). A iniciativa é organizada pela Associação de Estudantes do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto e tem como objetivo realizar avaliações gratuitas do risco cardiovascular à população e promover a literacia em saúde.
Às 10.30 horas, o movimento já se fazia notar no Trinity Porto e a banca montada pelos estudantes de Medicina chamava a atenção de quem passava. Uns por curiosidade, outros após o convite dos organizadores, vários visitantes acabavam por parar para fazer o rastreio. Já sentados, realizavam avaliações de medição de pressão arterial, glicemia e o cálculo do índice de massa corporal, com o intuito de identificar possíveis fatores de risco de doenças cardiovasculares.
Carolina Pinto, estudante do 5.º ano, explica que, além dos testes, também questionam os participantes sobre os seus hábitos, para perceberem se existe alguma indicação que possa ser útil para melhorar a sua saúde.
Em relação à importância da iniciativa, Bernardo Ng, estudante do 3.º ano, destaca que é positiva, pois, caso identifiquem sinais de risco, aconselham o encaminhamento para o médico de família. Além disso, ao esclarecer dúvidas e disponibilizar panfletos informativos sobre saúde sexual, reprodutiva, mental e oral sensibilizam para hábitos de saúde mais saudáveis.
Bernardo Ng destaca também os benefícios da atividade para os próprios estudantes de Medicina que têm a oportunidade de participar numa experiência mais prática e de contacto direto com as pessoas. "Participar nesta iniciativa, sobretudo para quem está nos primeiros três anos, em que o curso é mais teórico, é uma forma de ter algum contacto direto com a população", afirma.
Maria Oliveira, de 75 anos, e Getúlio Fernandes, de 80, contam que, apesar de terem sido apanhados de surpresa pelo rastreio, decidiram realizar as avaliações. Ambos consideraram os rastreios úteis por funcionarem como possíveis "alertas" para questões de saúde.