O início da construção do novo mercado municipal de Viana do Castelo, no espaço onde estava implantado o Edifício Jardim (vulgo prédio Coutinho), demolido em 2022, colocou a descoberto vestígios arqueológicos de um antigo convento.
O valor dos achados está a ser avaliado pelos serviços de arqueologia da Câmara de Viana do Castelo e da CCDR-Norte. A informação foi avançada esta quarta-feira pela presidente da Autarquia, Luís Nobre, referindo que, de momento, não está em causa a continuidade da obra.
"Já sabíamos que ali existiam vestígios de outros tempos, de outro momento da cidade. Estávamos conscientes que tínhamos de fazer essas escavações e apareceram vestígios que têm de ser interpretados. É isso que está a ser feito", declarou o autarca aos jornalistas, questionado, no final de uma reunião extraordinária, sobre a notícia dos achados, que dirão respeito ao antigo Convento de S. Bento, publicada pelo jornal "Aurora do Lima".
"A obra tem várias fases e várias tarefas, e algumas vão continuar em paralelo com este trabalho que está a ser feito ao nível da arqueologia, em absoluta articulação com a CCDR-N", afirmou, acrescentando que ainda está por decidir uma solução para os achados.
"Vão ter o seu tramite e tomada de decisão, se fica ou não fica, se há que proteger ou não, se há que registar só ou registar e cobrir. Para já, não há nada que implique com a dinâmica da obra", disse, informando que os achados arqueológicos foram encontrados na antiga zona de estacionamento do prédio Coutinho.
Em causa, está a obra, adjudicada à empresa Arlo (Braga), de construção do futuro mercado municipal, pelo valor de 13.376 milhões de euros e com um prazo de execução de 18 meses. A empreitada começou no final de setembro.