Justiça

Português detido nas Astúrias por matar mineiro reformado à pancada

Guardia Civil deteve jovem português, suspeito de ter matado mineiro reformado à pancada Foto: Direitos reservados

Um jovem português, com 25 anos, foi detido nas Astúrias, acusado de agredir um mineiro reformado, de 65 anos, Cristino Prendes, conhecido por "Lupo". O incidente ocorreu esta sexta-feira à tarde, na esplanada de um bar na localidade de Barredos (Laviana) e a vítima morreu, horas depois, em casa.

De acordo com a imprensa local, a vítima e o agressor, conhecido como "El Portugués", travaram-se de razões num bar da localidade e, após a agressão a soco, pontapé e à paulada, Cristino Prendes necessitou da ajuda de um familiar para chegar a casa, a cerca de 300 metros do local. A esposa não estava na residência e, quando chegou, encontrou-o "encolhido na cama", dizendo que estava bem e que iria recuperar.

O alegado autor do crime foi detido na tarde de domingo por agentes da Guarda Civil. Testemunhas relatam que o agressor continuou a atacar a vítima mesmo depois de esta cair ao chão. Inicialmente, ao jovem foi imputado um crime de ofensas à integridade física, mas, após a autópsia confirmar que se tratou de "uma morte violenta de etiologia homicida", deverá enfrentar acusações de homicídio.

O jovem detido reside em Barredos há poucos meses e tem poucos laços com a comunidade.

Indignação

A família, "destroçada" pela perda, não compreende a reação violenta do agressor e, em Barredos, a morte de "Lupo" gerou uma enorme consternação, que se transformou em indignação. Familiares e amigos consideram que "não se pode dar uma tareia de morte a uma pessoa simplesmente por ela estar a incomodar".

Amigos e vizinhos aceitavam as extravagâncias de "Lupo", descrito como "muito querido", "simpático", "carinhoso e boa gente". Colaborava com a associação de vizinhos e era "muito prestável e atencioso".

O funeral de Cristino Prendes realizar-se-á esta segunda-feira, na igreja paroquial de Barredos. O corpo não pode ser cremado por mandado judicial, face à possibilidade de ser necessária uma autópsia exumatória.

Reis Pinto