Uma manifestação de repúdio pelo homicídio de um espanhol, às mãos de um português, encheu o pátio fronteiro da Igreja Paroquial de Laviana, em Barredos, nas Astúrias (Norte de Espanha), durante a tarde desta quarta-feira.
O presidente da Associação de Moradores de Barredos, Alberto Rubio, começou por agradecer a presença dos seus vizinhos e manifestaram-se publicamente os pêsames à família da vítima, Cristino Prendes Iglésias ("Lupo") com um minuto de silêncio.
A vítima, de 65 anos, que deixou viúva, era um mineiro reformado. Foi agredido por um jovem de 25 anos, português, após uma acesa discussão entre ambos, durante a tarde de sexta-feira. Acabou por morrer no dia seguinte, sábado, em casa.
Segundo o dirigente associativo, Alberto Rubio, "esta é uma concentração de repulsa, dor e reivindicação, de um respeito que tem de haver, a exigência que fazemos, com prudência e serenidade, mas igualmente como uma denúncia e uma advertência".
Alberto Rubio recordou que Cristino Prendes Iglésias era igualmente um dirigente da União de Vizinhos do Povo de Barredos (UVPB), para além de ser muito estimado por todos. O crime causou grande consternação naquela zona asturiana.
"Estamos todos revoltados com a morte violenta de uma pessoa querida em Barredos, Cristino, o nosso 'Lupo', membro muito ativo da nossa associação, sempre com um sorriso amável e preocupado com o bem-estar dos outros", destacou Alberto Rubio. "Que a terra te seja leve, Cristino, é aquilo que te desejamos todos nós, que somos um povo tranquilo, mas também combatido e reivindicativo, que luta para melhorar as suas condições de vida, a sua convivência e a qualidade de serviços que merecemos".