Os dois vereadores socialistas da autarquia da Trofa afirmam que a proposta de delegação de competências no presidente da câmara não foi debatida pelo recém-eleito autarca, Sérgio Araújo, e por isso votaram contra.
Os outros dois membros da oposição, eleitos pelo movimento independente A Trofa é de Todos, também se opuseram à proposta, que acabou chumbada uma vez que a coligação que ganhou a câmara não detém maioria.
Lembrando que os trofenses "conferiram à coligação Trofa em Primeiro uma importante responsabilidade ao eleger dois vereadores para o executivo municipal", os socialistas Amadeu Dias e Luís Cameirão asseguram estarem disponíveis para dialogar, algo que lamentam que não tenha sido feito pelo presidente eleito pela coligação Unidos pela Trofa, o social-democrata Sérgio Araújo.
"A proposta de delegação de competências não foi antecipadamente debatida com nenhum dos dois vereadores socialistas, como seria normal e desejável que acontecesse, dada a inexistência de maiorias no órgão", justificam, num comunicado em que respondem às declarações do presidente da Câmara. Recorde-se que Sérgio Araújo disse querer dialogar e afirmou que a decisão da oposição, na reunião de Câmara desta quarta-feira, "vai atrasar projetos, obras e processos essenciais, afetando o funcionamento dos serviços municipais, e consequentemente, a vida dos trofenses".
No mesmo comunicado, Amadeu Dias e Luís Cameirão sublinham que, "com a não aprovação da proposta de delegação de competências, as funções executivas permanecerão na Câmara Municipal, estando assim garantida a governabilidade. O presidente tem as suas competências, e mantém-nas intactas, e a Câmara Municipal no seu conjunto tem as suas".
Os vereadores do PS garantem ainda que estão "totalmente disponíveis para o diálogo construtivo, convictos de que apenas através da colaboração entre todos os eleitos será possível garantir a estabilidade e o progresso que os trofenses merecem".