O projeto de construção do futuro aeroporto internacional de Bishoftu, perto de Adis Abeba, capital da Etiópia, dominou as conversas no principal fórum de investimento entre a Europa e aquele país africano.
A infraestrutura, que será a maior de sempre no continente quando for inaugurada, tem custos previstos de 12,7 mil milhões de dólares (cerca de 11 mil milhões de euros) e, a longo prazo, vai receber mais de 100 milhões de passageiros por ano.
O projeto, liderado pela companhia Ethiopian Airlines, encontra-se em fase preliminar, mas 2500 agricultores foram deslocados e realojados este ano para que as obras avançassem, recebendo compensações de 350 milhões de dólares (303 milhões de euros), segundo revelou o diretor-geral da companhia, Mesfin Tasew Bekele.
Essas deslocações populacionais estão a multiplicar-se, lamenta a Amnistia Internacional, num país em plena expansão das suas infraestruturas, como a grande barragem hidroelétrica da Renascença, construída no rio Nilo.
O projeto de Bishoftu já obteve um compromisso de financiamento de 500 milhões de dólares do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), e as autoridades também estão em negociações com o Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas, o Banco Europeu de Investimento e a norte-americana Corporação Financeira para o Desenvolvimento(DFC).