O corpo de um homem, já em estado de decomposição, foi retirado do rio Douro, na tarde desta terça-feira, junto à Marina do Freixo, em Campanhã, no Porto, havendo indícios que apontam para que possa tratar-se do sem-abrigo que desapareceu em Rio Tinto, Gondomar, na madrugada de sexta-feira.
O alerta para um cadáver a boiar foi dado pelas 16 horas, tendo sido mobilizados vários meios para o local, num total de 15 operacionais e seis viaturas. O corpo foi retirado da água pela equipa de mergulhadores do Regimento de Sapadores Bombeiros do Porto, e seguirá para o Instituto de Medicina Legal do Porto (IML) para ser autopsiado.
Ao JN, o comandante da capitania do Porto do Douro, Silva Lampreia, referiu que "existem fortes indícios de que seja o indivíduo que está desaparecido em Rio Tinto", uma vez que apresenta "tatuagens no corpo" coincidentes com as do sem-abrigo de 22 anos e nacionalidade brasileira que foi dado como desaparecido por dois companheiros com quem pernoitava em tendas sob um viaduto perto da estação de metro de Campainha, em Rio Tinto. No entanto, só as perícias efetuadas no IML poderão confirmar a identidade do cadáver.
Acionada para o local, a Polícia Judiciária não terá encontrado indícios que apontem para crime. Foram ainda mobilizados meios da Polícia Marítima, da Estação Salva-Vidas do Douro e do INEM.
Recorde-se que, na madrugada de sexta-feira, o indivíduo não foi visto pelos outros dois sem-abrigo que despertaram com a subida do leito do rio Tinto, que, devido à chuva, alagou a zona onde os três homens tinham tendas montadas. A do brasileiro foi encontrada pelos colegas no rio, assim como roupas e passaporte, o que os levou a alertar a PSP.
Acionados às 21 horas deste domingo, os Bombeiros da Areosa-Rio Tinto efetuaram buscas no rio Tinto, tendo percorrido, na manhã de segunda-feira, a zona entubada do leito, ao longo de cerca de um quilómetro. Para a operação foram mobilizados 22 operacionais e cinco viaturas.