A Polícia Judiciária deteve um homem de 46 anos por suspeita de acesso ilegítimo, falsidade informática, reprodução ilegítima de programa protegida e branqueamento de capitais. Terá lucrado mais de 700 mil euros com a venda ilegítima de um software para a produção de equipamentos médicos.
A investigação, iniciada há dois anos, apurou que, pelo menos desde 2018, o suspeito acedia indevidamente ao sistema informático de uma empresa sediada na Alemanha. Desse modo, conseguiu apropriar-se de um software de produção de equipamentos médicos por ela desenvolvido e comercializado.
Terá, ainda, "obtido e manipulado informaticamente as atualizações desse software, procedendo posteriormente à respetiva reprodução, modificação e venda a diversas clínicas, nacionais e estrangeiras", informa a PJ, através de comunicado.
O suspeito foi detido ontem, terça-feira, pela Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T), em cooperação com o DIAP da Lisboa.
"Na sequência da detenção e das diligências de busca realizadas, foram apreendidos diversos equipamentos informáticos, documentação bancária, numerário e valores avultados depositados em contas bancárias, relacionados com a atividade criminosa investigada", acrescenta a PJ.
O detido vai ser apresentado a primeiro interrogatório judicial. Está fortemente indiciado da prática dos crimes de acesso ilegítimo, falsidade informática, reprodução ilegítima de programa protegido e branqueamento de capitais, obtendo vantagens patrimoniais superiores a 700 mil euros.