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Novo disco de Rosalía encanta Madonna: "Uma verdadeira visionária"

Madonna mostrou-se rendida ao novo disco de Rosalía Fotos: Madonna / Instagram e Igor Martins / Arquivo

Madonna elogiou "Lux", o novo álbum de Rosalía, afirmando: "não consigo parar de ouvir". O disco, que chega esta sexta-feira, foi gravado com a London Symphony Orchestra e mistura 13 idiomas, géneros musicais e referências espirituais e históricas.

Madona foi das primeiras a deixar-se conquistar por "Lux", o novo álbum de Rosalía. Na terça-feira, a rainha da pop partilhou nas suas histórias do Instagram a capa provocadora do disco - onde a cantora espanhola surge vestida de freira e abraçando-se sob uma túnica branca - acompanhada de uma mensagem breve e entusiasmada: "Obrigada, Rosalía. Não consigo parar de ouvir! És uma verdadeira visionária!"

Além de Barcelona, também Buenos Aires, Lima, Paris, Tóquio, São Paulo, Amesterdão, Antuérpia, Bogotá, Berlim, Lisboa, Milão, Londres, Santiago, San José e Santo Domingo acolhem, esta quarta-feira., "listening parties" (festas onde alguns fãs poderão ouvir o álbum em primeira mão). O formato é discreto, quase litúrgico, realizando-se em salas pequenas, luz baixa, e um silêncio coletivo que transforma cada sessão numa espécie de celebração musical.

Entre fé, som e risco

Gravado com a London Symphony Orchestra, "Lux" é composto por 18 faixas divididas em quatro movimentos e cantadas em 13 idiomas (entre eles espanhol, catalão, português, inglês, latim, árabe e siciliano).

Rosalía passou três anos a compor, regravar e aperfeiçoar cada tema. "Foi como montar um puzzle", contou ao "The New York Times". "Ao compreender outras línguas, talvez possamos compreender melhor o outro - e a nós próprios", frisou.

O primeiro single, "Berghain", lançado em outubro e com a participação de Björk e Yves Tumor, já mostrava o rumo do disco: orquestral, coral e indomável. Björk descreveu-o como "feroz", e a crítica internacional seguiu-lhe o tom. A "Rolling Stone" chamou-lhe "uma obra construída entre a formação clássica e a irreverência", e o "The Guardian" considerou-o "uma fusão exigente e singular entre o clássico e o caos que ninguém mais poderia ter feito".

Nas novas canções, Rosalía move-se entre a devoção e o instinto, entre o sagrado e o profano. Evoca santos, perdas e memórias, mas também raiva e libertação. "Estar neste mundo já é muito", confessou recentemente. "No melhor dos casos, quem ouvir este disco há de sentir leveza e esperança, porque foi assim que ele nasceu", acrescentou.

Esta quarta-feira, enquanto Barcelona e mais 15 cidades se rendem às escutas exclusivas e o mundo aguarda o lançamento oficial, há já quem lhe chame "o álbum que só Rosalía podia fazer".

Sara Oliveira