Porto

Câmara do Porto quer classificar "dimensão imaterial" do centro comercial Stop

Centro comercial Stop foi recentemente classificado como monumento de interesse municipal Foto: Pedro Granadeiro

A Câmara do Porto vai estudar "as condições de evolução" da classificação do centro comercial Stop, recentemente classificado como monumento de interesse municipal, para que seja também integrada a sua dimensão imaterial, revelou esta segunda-feira o vereador Jorge Sobrado.

"No meu primeiro dia de trabalho, nos termos do acordado com o presidente, darei orientações aos serviços municipais de cultura para que sejam estudadas as condições de evolução da classificação municipal do Stop, de modo a integrar a sua dimensão imaterial. Protegendo, por essa via, não apenas a arquitetura do edificado, mas também o seu uso e vocação predominantemente cultural e artísticas e como casa de músicos independentes do Porto", anunciou esta segunda-feira Jorge Sobrado, vereador eleito pelo PS, agora independente, e a quem Pedro Duarte (PSD/CDS-PP/IL) entregou o pelouro da Cultura, na primeira reunião do novo executivo municipal.

O trabalho será levado a cabo pela professora da Faculdade de Letras da Universidade do Porto Paula Guerra, que é especialista em criação artística e políticas culturais e investigadora de práticas musicais "underground", foi ainda revelado.

A 30 de julho, o centro comercial Stop foi classificado como monumento de interesse municipal, segundo um edital publicado em Diário da República, que estabelece uma zona de proteção de 50 metros em redor do edifício utilizado como centro cultural.

"O centro comercial Stop representa para o município do Porto um valor cultural de significado relevante, uma vez que se configura como um símbolo inegável do cenário musical portuense, tido como um dos exemplos mais particulares da produção e dinâmica musical na Europa", refere a publicação em Diário da República, que assinala ainda "a sua singularidade, excecionalidade, relevância".

Jorge Sobrado confirmou ainda que vai avançar a reabilitação do Palácio de São João Novo, em Miragaia, para aí ser instalado o núcleo central do Museu do Porto, um projeto em que já tinha estado envolvido enquanto diretor do Museu e Bibliotecas do Porto (2022-2024) e que defendeu durante a campanha que fez ao lado de Manuel Pizarro, do Partido Socialista.

Pedro Duarte sugeriu que visitassem o Palácio de São João Novo já na sexta-feira para perceber, "de forma mais direta, aquilo que é a realidade e o contexto do projeto nesta fase".

JN/Agências