Desporto

Conselho de Arbitragem visa Benfica e F. C. Porto: "Ninguém irá rebentar com nenhum árbitro"

Fábio Veríssimo escreveu ter sido alvo de pressões por parte do F. C. Porto Foto: Miguel Riopa/AFP

Luciano Gonçalves, presidente do Conselho de Arbitragem, saiu em defesa do juiz que dirigiu o Benfica-Casa Pia, esta quarta-feira, na sequência das acusações de que foi alvo de Mário Branco, diretor-geral das águias, e também de Fábio Veríssimo, árbitro do F. C. Porto-Braga.

"Os árbitros são treinados e preparados para lidarem com a pressão do futebol profissional. O CA dá-lhes suporte para que estejam tranquilos. Aqui ninguém rebenta ninguém. Ninguém irá rebentar com nenhum árbitro. O árbitro, se descer de divisão, irá descer por resultados menos positivos, porque teve uma época menos positiva, e jamais por interferência de quem quer que seja", comentou Luciano Gonçalves.


Também Fábio Veríssimo, que denunciou o F. C: Porto por colocar no seu balneário uma televisão a transmitir lances do jogo com o Braga, foi lembrado pelos responsáveis da arbitragem.

"Os árbitros fizeram as suas obrigações nos dois casos. Mencionaram no relatório e passaram para as entidades competentes, confiamos totalmente no Conselho de Disciplina. Naturalmente, nenhuma das situações deveria acontecer. Isso será consensual. Não é apenas e só pela questão do árbitro em si, do ambiente, é por aquilo que é uma imagem que passa para o futebol no seu todo. Não é esse futebol que queremos", acrescentou o presidente do CA.

Duarte Gomes, diretor técnico, elogiou os dois árbitros por relatarem no relatório dos respetivos jogos o que se passou.

"O que sentimos quando os nossos árbitros dizem a sua verdade no relatório é orgulho. Mas também sentido de cumprimento de missão. Os árbitros estão obrigados a colocarem, nos seus relatórios, tudo o que acontece em termos desportivos e extradesportivos, nomeadamente questões relacionadas com incidentes antes, no intervalo ou após o jogo. Quando o Fábio [Veríssimo], o Gustavo [Correia], ou qualquer outro árbitro coloca no relatório aquilo que presenciou, sentimos que cumpriu a sua missão e o seu dever. Também sentimos que essas indicações saem da esfera da arbitragem para irem para a esfera disciplinar, que tem a mesma autonomia que nós temos. A justiça tem os seus prazos e fará seguramente prevalecer a verdade", disse Duarte Gomes.

Redação