Uma bombeira de Pedrógão Grande na reserva foi condenada, esta quarta-feira à tarde, pelo Tribunal de Leiria, numa pena de quatro anos prisão, por dois crimes de incêndio florestal cometidos no ano passado.
O coletivo de juízes determinou que a pena seja cumprida pela arguida, de 44 anos, em estabelecimento destinado a inimputáveis.
O relatório da perícia médico-legal que lhe foi feita demonstra que a arguida, que foi bombeira ativa durante 22 anos e passou ao quadro de reserva dos Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande em fevereiro de 2024, sofre de uma perturbação de desenvolvimento intelectual. Mas esta não é tão grave que a torne imputável, tendo a arguida capacidade suficiente para reconhecer a gravidades factos que praticou, considerou o tribunal.
Os incêndios, ateados em 2 de junho de 2024, consumiram cerca de 4700 metros quadrados de área florestal, perto do parque de campismo e de uma área residencial de concelho de Pedrógão Grande.
A arguida seria detida no mesmo dia e sujeita a prisão domiciliária. Em junho deste ano, inicio do verão, passou para prisão preventiva, na cadeia de Tires, por incumprimento das regras subjacentes à prisão domiciliária. Esta quarta-feira, não assistiu à leitura da sentença, por se encontrar internada no hospital.