A Europol apoiou, esta quarta-feira, a detenção de um grupo de mercenários oriundos da Letónia, que haviam sido contratados para sequestrar um traficante de droga albanês.
A operação, que envolveu autoridades policiais da Dinamarca, França, Letónia e Reino Unido, concentrou-se em cidadãos letões, alguns oriundos da Legião Estrangeira Francesa, que, com treino especializado e equipados com material profissional, atuavam em nome de um grupo de crime organizado.
Segundo a Europol, haviam sido contratados para raptar o líder de uma rede albanesa de tráfico de droga, suspeito de orquestrar o roubo de várias toneladas de canábis, avaliadas em milhões de euros.
Os indivíduos foram detidos na Dinamarca, França, Letónia e Reino Unido. Outros dois, detidos em outubro de 2024, na Alemanha, já foram condenados em tribunal.
A Europol desempenhou um papel crucial ao facilitar a troca de informações, assegurar a coordenação operacional e fornecer apoio analítico. No dia da operação, a agência mobilizou um perito para Nice (França), para facilitar a troca de informações em tempo real e a verificação cruzada de dados nas bases de dados da Europol.
Ex-combatentes na Ucrânia
Esta operação está ligada ao fenómeno 'Violence-as-a-Service', no qual criminosos oferecem os seus serviços para cometer atos violentos, sendo contratados por grupos de crime organizado, num "modus operandi" que a Europol alerta estar a ser cada vez mais usado.
Aquele organismo destacou que isto representa uma tendência emergente da guerra na Ucrânia, onde ex-soldados, com treino de combate e que regressam da frente, podem utilizar as suas capacidades para o crime organizado.
Participaram na operação a polícia de Copenhaga (Dinamarca), Polícia Criminal do Estado da Renânia do Norte-Vestfália (Alemanha), Polícia Nacional (França), Polícia Estatal da Letónia e Polícia Metropolitana (Reino Unido).