O Parque Nacional de Maputo, em Moçambique, pretende plantar 525 mil mudas de árvores para restaurar cerca de 150 hectares de floresta de mangue degradada.
"Os manguezais são os heróis anónimos da conservação costeira. Protegem as comunidades de tempestades, apoiam a pesca e armazenam carbono a taxas muito superiores às florestas terrestres. Restaurá-los é um investimento na natureza e nas pessoas", explicou Miguel Gonçalves, diretor do Parque de Maputo.
No centro do projeto está um "ambicioso" esforço de restauração de manguezais, que se querem "trazidos de volta à vida" com o plantio de 525 mil mudas.
"Essas florestas costeiras são mais do que apenas bonitas, são a infraestrutura da natureza, protegendo as costas da erosão, filtrando a água e fornecendo habitat de berçário para peixes e vida marinha", descreveu Miguel Gonçalves.
O projeto, financiado pela TUI Care Foundation, fundação daquele grupo turístico internacional que apoia projetos baseados no potencial do turismo, através da Peace Parks Foundation, organização não-governamental que advoga a criação de áreas protegidas transfronteiriças, vai permitir também transformar 20 áreas ambientais nas escolas ao redor do parque em centros de aprendizagem de conservação, de acordo com o documento.
Para Manuel Ferreira, chefe de Gestão de Programas e Comunicações Externas da TUI Care Foundation, a iniciativa vai permitir com que as crianças da região cresçam a entender o valor do património natural, tornando-as "seus protetores mais poderosos".
O Parque Nacional de Maputo, Património Mundial da Humanidade desde julho, é parte da Área de Conservação e Recursos Transfronteiriços de Lubombo, que reúne quatro áreas distintas de conservação entre Moçambique, África do Sul e Suazilândia e representa uma combinação de safari e experiências marinhas.
A reabilitação do parque, desde 2006, viu a reintrodução bem-sucedida de 14 espécies, com uma contagem atual de 32 mil animais, segundo dados oficiais.