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Decorreu esta semana mais uma Web Summit. Antes, toda a gente falava disso. Agora, já percebemos que a única coisa que o português médio consegue retirar de um monte de unicórnios é um ou outro cocó cintilante para pisar.
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No certame, o ministro da Reforma do Estado disse que o Governo quer "dar a cada aluno um tutor de IA que ouve, orienta e inspira a sua aprendizagem". Temos falta de professores, mas já estivemos mais longe de dar uma airfryer a cada aluno para o ajudar com os TPC.
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A direção da Web Summit queixou-se de escassez de slots para jatos privados no Aeroporto de Lisboa. Percebo a angústia, senti o mesmo quando o 709 da Carris para Campo de Ourique deixou de funcionar ao fim de semana.
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Outra queixa de Paddy Cosgrave foi de que os valores das estadias em hotéis disparam "até 500%" em Lisboa. Bom, não ter orçamento para pagar um teto digno parece-me uma coisa horrível, ainda bem que não é um problema generalizado.
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O país foi assolado por uma vaga de mau tempo, a depressão Cláudia. Sabemos que vivemos tempos difíceis quando até o verão de São Martinho nos tiram.
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Pela primeira vez em 12 anos, as centrais sindicais estão unidas a decretar greve para 11 de dezembro, por causa do novo pacote laboral. O Governo está chocado, mas como em breve vai ser muito mais fácil despedir esta gente toda, é deixá-los pousar.
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Os portugueses estão entre os que mais gastam em alimentação da UE. Os preços dispararam 34% desde a pandemia. Longe vai o tempo em que ter joias era um sinal de luxo, agora é poder fazer um pudim molotof para a consoada.
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A aldeia histórica de Póvoa Dão, perto de Viseu, está à venda em leilão com um preço base de quase 1,7 milhões de euros. Montenegro até comprava, quem já tem 54 imóveis tem uma aldeia na boa.