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Revista de Imprensa: Desigualdade salarial faz mulheres trabalharem 64 dias por ano de graça

Dias em que elas trabalham como se não recebessem chegam aos 64, segundo o Observatório Género, Trabalho e Poder Foto: Arquivo

O Observatório Género, Trabalho e Poder, que investiga a situação de homens e mulheres face ao trabalho, defende que o diferencial salarial entre homens e mulheres faz com que estas trabalhem 64 dias por ano como se não recebessem, destaca, esta sexta-feira, o "Público".

No próximo domingo assinala-se o Dia Nacional da Igualdade Salarial, uma data que se ajusta ao diferencial remuneratório entre homens e mulheres: por causa desse diferencial, a partir daí e nos 46 dias que faltam até o ano acabar, é como se as mulheres trabalhassem de graça. Mas o Observatório Género, Trabalho e Poder, que investiga a situação de homens e mulheres face ao trabalho, considera que as contas mais próximas da realidade são outras. Para esta entidade, o diferencial salarial ajustado entre homens e mulheres chega aos 17,5%, pelo que os dias em que elas trabalham como se não recebessem chegam aos 64. Esta conclusão atiraria a data para o passado 29 de outubro. "Não se vislumbra qualquer medida substantiva de promoção da igualdade entre mulheres e homens", na proposta do Governo para alterar legislação laboral, diz Sara Falcão Casaca, investigadora e coordenadora do CSG - Consórcio em Ciências Sociais e Gestão.

Pressão turística bateu novo máximo em Lisboa e no Porto

O concelho de Lisboa voltou a sentir um aumento da pressão do turismo sobre o seu território, com o indicador de densidade turística a subir 3,8%, para os 431,1 pontos, em 2024, ano em que recebeu 6,7 milhões de hóspedes (mais 4,6%), dos quais 5,5 milhões foram não-residentes (mais 5,5%), assinala o "Público". No Porto, a subida deste indicador foi ainda maior, de 7%, para os 415,3 pontos, sendo que, ao longo do ano passado, recebeu 2,9 milhões de hóspedes (7,6% acima do ano anterior) e 6,3 milhões de dormidas (mais 6,9%). Estes dados, disponibilizados pelo Turismo de Portugal e que representam um recorde em ambos os concelhos, comparam com uma média nacional de 2,38 pontos em 2024, mais 3,9% em termos homólogos.

Ministério Público quer mais dois anos para investigar "Operação Influencer"

Só em 2027 é que a investigação da Operação Influencer poderá estar terminada. Esta foi a previsão adiantada, em junho, pelos procuradores do processo, em resposta a pedidos de aceleração da investigação feitos por alguns arguidos, apurou o "Correio da Manhã" junto de fontes judiciais. No dia 7 de novembro, dois anos após as buscas que levaram à queda do Governo de António Costa, o procurador-geral da República, Amadeu Guerra, disse que "existe um recurso interposto pelos arguidos relativamente ao correio eletrónico", estando o Ministério Público dependente "do recurso no Tribunal da Relação, que está a ser apreciado". Contudo, esta informação foi desmentida por este tribunal e Amadeu Guerra disse que não sabia do desfecho do recurso da Relação.

Medicamentos até 30 euros não aumentam de preço em 2026

A partir de 1 de fevereiro de 2026 há medicamentos que vão ter ajuste nos preços, mas a grande novidade da portaria que regulamenta a "Revisão Anual de Preços" para 2026 é que uma boa parte dos que estão no mercado não sofreram alterações. Os medicamentos de baixo custo (até 30 eruos) estão isentos de aumento. Realce-se que a portaria que deverá ser publicada hoje não só mantém o preço de muitos fármacos, como aumenta o número dos que vão beneficiar desta medida, já que o Governo decidiu passar o valor da classificação de medicamentos de baixo custo dos 16 para os 30 euros. Medicamentos hospitalares até 75 euros também ficam isentos de aumento. Presidente do Infarmed diz que "revisão para 2026 é equilibrada", prevê poupança geral de 50 milhões de euros e "estabilidade no mercado".

Leis laborais não passam em Belém sem acordo da UGT

Marcelo Rebelo de Sousa considera que, entre a discussão com os parceiros sociais e a negociação com os partidos, a revisão da legislação laboral "só será discutida no Parlamento no final deste ano ou, provavelmente, só no ano que vem", o que significa que deverá ser uma questão que ficará nas mãos do seu sucessor. E entre os candidatos com mais hipóteses de vitória numa segunda volta, a resposta é unânime, segundo o "Expresso": sem acordo com os sindicatos dos trabalhadores, pelo menos a UGT, a reforma fica coxa e dificilmente passa em Belém. Pelo menos, este é o entendimento de Henrique Gouveia e Melo e Luís Marques Mendes, os candidatos presidenciais com mais hipóteses de vitória numa segunda volta. Mesmo António José Seguro faz depender a promulgação do "bom senso" do Parlamento e, sobretudo, dos "resultados" da concertação social, que considera "indispensáveis". Só André Ventura diverge e até admite negociar estas alterações com o Governo.

Turismo de Portugal quer comprar Pousadas ao Pestana

Depois de, em 2003, o Governo ter escolhido vender 49% do capital da Empresa Nacional de Turismo (Enatur), por acumular prejuízos durante mais de uma década, o Executivo decidiu agora comprar, por via do Turismo de Portugal, a posição alienada ao Grupo Pestana, a quem, aliás, já comunicou a sua intenção, apurou o "Negócios" junto de fontes próximas do processo. À luz do plano, pretende-se que a Enatur volte a ser 100% propriedade do Estado em 2026, aproveitando o termo, a 31 de dezembro do próximo ano, da concessão da rede de Pousadas de Portugal, que deve ser posta a concurso público.

Norges Bank aproveita saída de canadianos para reforçar na EDP

O quinto maior acionista da EDP vendeu a participação de 5,44% que detinha na empresa portuguesa, num momento de desvalorização das ações. A operação já estava a ser planeada para aproveitar o aumento de liquidez que se seguiu ao Capital Markets Day, mas acabou por ser um fator adicional de pressão em bolsa. Segundo o "Negócios", o bloco de ações foi vendido em partes, com o Norges Bank a reforçar a participação (5,63% no final de 2024). Os restantes títulos foram adquiridos por outros fundos com estratégias mais de curto prazo. A venda de 218,5 milhões de ações foi feita a um preço de 3,729 euros por ação.

Redação